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Cobre fecha em baixa, pressionado pela força do dólar no exterior

As decisões de bancos centrais favoreceram o diferencial de juros para a moeda, o que impactou o preço do metal

Cobre fecha em baixa, pressionado pela força do dólar no exterior
Foto: Envato Elements

O cobre recuou nesta sexta-feira (22), expandindo as perdas da semana conforme o dólar continua se fortalecendo ante rivais, após uma rodada de decisões de bancos centrais que favoreceu o diferencial de juros para a moeda americana.

O cobre para maio fechou em queda de 1,26%, a US$ 4,0075 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), acumulando recuo de cerca de 2,84% na semana. Às 14h15 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado em queda de 1,21%, a US$ 8.855,00 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

O TD Securities escreve que o impulso da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) no meio da semana “não conseguiu sequer durar uma única sessão”, com os preços do cobre permanecendo em tendência baixista mesmo com os cortes de juros pelo Fed cada vez mais próximos.

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Para o Commerzbank, os metais básicos subiram em fevereiro e agora não têm mais impulso suficiente para subir, o que mantém as expectativas de manutenção ou queda nos preços. “Na ausência de um novo impulso, acreditamos que é pouco provável que os preços subam ainda mais no curto prazo, especialmente porque não esperamos que as fundições de cobre chinesas cheguem a acordo sobre uma taxa mínima de tratamento ou cortes de produção”, afirma.

Na próxima semana, as principais fundições de cobre da China vão se reunir para uma discussão sobre o desenvolvimento do mercado da commodity. Investidores mantêm o encontro no radar, visto que deve ser debatido a possibilidade de estabelecer um preço mínimo coordenado para as taxas de processamento e possíveis cortes na produção, depois de um aumento maciço na oferta ter contribuído significativamente para a queda dos preços no país. A produção de cobre da China atingiu um novo máximo recorde mensal em dezembro.

Segundo Ross Mould, diretor de investimentos da AJ Bell, o mercado de cobre sugere que a economia global segue fragilizada, mas agora está de volta “ao caminho certo”, depois de uma cadeia de abastecimento fragilizada ao longo dos últimos quatro anos. “Os observadores do mercado referem-se frequentemente ao cobre como Doutor Cobre porque a maleabilidade, ductilidade e condutividade do metal significam que ele é utilizado em muitas indústrias e pode, portanto, ser visto como um guia para a saúde econômica global”, disse.

Entre outros metais negociados na LME, a tonelada do alumínio caía 0,09%, a US$ 2.307; a do chumbo recuava 0,88%, a US$ 2.039; a do níquel caía 2,22%, a US$ 17.160; a do estanho perdia 0,66%, a US$ 27.705; e a do zinco tinha perdas de 1,88%, a US$ 2.484,50.