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Petróleo fecha em queda em dia de valorização do dólar

Os preços da commodity, porém avançaram na comparação semanal diante de sinais de mercado mais apertado

Petróleo fecha em queda em dia de valorização do dólar
Operadores de petróleo (Foto: Envato Elements)

Os contratos futuros de petróleo caíram nesta sexta-feira (21), em dia de ganhos para o dólar, porém avançaram na comparação semanal. Sinais de mercado mais apertado apoiaram os ganhos na semana, bem como certa cautela com o quadro geopolítico.

O WTI para agosto fechou em queda de 0,69% (US$ 0,56), em US$ 80,73 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro caiu 0,62% (US$ 0,53), a US$ 84,33 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI subiu 2,91%.

No dia, o petróleo já caía logo cedo, pressionado pelo dólar forte. O movimento do câmbio torna o óleo, cotado na moeda, mais caro para os detentores de outras divisas e contém a demanda. Além disso, havia algum espaço para ajustes, após ganhos recentes. O dólar ganhou mais fôlego após leitura acima da previsão do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA, na pesquisa da S&P Global.

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O Santander US destaca que a Ucrânia continuava a atacar ativos da Rússia ligados ao petróleo, durante o conflito entre os países. Em comentário a clientes, o banco lembra que nesta semana foram atacados dois depósitos do óleo em território russo. A perspectiva de mais tensões no Oriente Médio também seguiu em foco em dias recentes, como a possibilidade de mais confrontos entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah e a invasão israelense na Faixa de Gaza, após ataque do Hamas ocorrido em outubro.

Para o Commerzbank, o petróleo já se recuperou totalmente do revés com as decisões da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) no começo deste mês, ainda apoiado por “numerosas crises”, em particular a escalada no conflito entre Israel e o Hezbollah. O banco alemão acredita que o foco dos investidores deverá seguir no Oriente Médio na próxima semana, em especial diante da falta de “indicadores econômicos significativos”. Em princípio, o mercado de petróleo teve ter carência de oferta no segundo e no terceiro trimestres deste ano, diante de cortes voluntários de membros da Opep+.

Já o TD Securities via os contratos com um “modesto apoio” de recuos nos estoques. Na agenda de hoje, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em operação nos EUA recuou 3 na semana, a 485.