No dia em que começam as discussões para a mais importante decisão de política monetária dos últimos anos, as principais bolsas europeias e os índices futuros de Nova York avançam. Antes do anúncio do Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (18), porém, os investidores ainda conhecerão alguns dados de atividade na maior economia do mundo que possuem poder para causar alguma volatilidade nas expectativas –a gigante BlackRock, por exemplo, vê como exagero a precificação dos mercados de cortes tão profundos nas Fed Funds quanto os de recessões passadas.
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Em outros mercados, o dólar ronda a estabilidade após declínio nos últimos quatro dias, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa americanos) pouco oscilam, os contratos futuros do petróleo têm leve baixa, diante da perspectiva de juros menores contrabalançada pela persistência das preocupações sobre a demanda, enquanto os preços futuros do minério de ferro registraram alta moderada em Singapura –vale mencionar que os mercados na China, Taiwan e Coreia do Sul ficaram fechados por conta de feriados.
É provável que esse tom positivo no exterior influencie os ativos locais também nesta terça-feira –como referência, o EWZ, principal ETF do Brasil negociado em Wall Street, subia no pré-mercado. Entre os direcionadores, as declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que não tem intenção de mudar a meta fiscal do Governo pode reduzir parcialmente a pressão sobre as taxas de juros futuras, ainda que pontualmente.
Agenda econômica
Brasil
O IGP-10 de setembro foi conhecido logo cedo (8h00), mostrando avanço de 0,18%, contra expectativa de 0,10%, após alta de 0,72% em agosto.
EUA
Destaque para a divulgação dos dados de vendas no varejo (9h30), produção industrial de agosto (10h15), índice de confiança das construtoras (11h00), além do discurso da presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan (11h00).
Europa
O índice de expectativas econômicas da Alemanha caiu para 3,6 pontos em setembro, ante 19,2 pontos em agosto, segundo pesquisa divulgada pelo instituto alemão ZEW, ficando bem abaixo da expectativa de 16,6 pontos neste mês. O índice de condições atuais medido pelo ZEW também apresentou piora, ao recuar de -77,3 pontos em agosto para -84,5 pontos em setembro e, neste caso, as projeções apontavam para -83,8.
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