- Palmeiras e Flamengo disputam o título de 74º campeão das Américas em um jogo único no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai
- A patrocinadora oficial do Flamengo, a Eventoss, disponibilizou três pacotes de viagens para os rubronegros que quiserem ir ao Uruguai acompanhar o time na grande final
- Com preço entre R$ 9,5 mil e R$ 13, 2 mil, os pacotes incluem hospedagem, traslado até o hotel e seguro viagem, mas sem o valor do ingresso
- O E-Investidor conversou com especialistas para ajudar na missão de programar a viagem nestes 54 dias que antecedem a grande final. Veja as dicas a seguir
(Luiza Lanza, especial para o E-Investidor) – O confronto final da Copa Libertadores de 2021 está definido: Palmeiras e Flamengo disputam o título de 74º campeão das Américas em um jogo único no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai.
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Para o torcedor que quiser assistir o time do coração in-loco, é preciso deixar a paixão pelo time de lado e planejar com cautela a rota até o país vizinho. A patrocinadora oficial do Flamengo, a Eventoss, disponibilizou três pacotes de viagens para os rubronegros que quiserem ir ao Uruguai acompanhar o time na grande final. Com preço entre R$ 9,5 mil e R$ 13, 2 mil, os pacotes incluem hospedagem, traslado até o hotel e seguro viagem, mas sem o valor do ingresso.
O E-Investidor conversou com especialistas para ajudar na missão de programar a viagem nestes 54 dias que antecedem a grande final. Para Mell Dilor, especialista em educação financeira da corretora Avenue, antes de decidir pela viagem é preciso analisar se esses gastos cabem no bolso.
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“É importante que esse gasto esteja dentro do orçamento familiar, até para entender se é realmente uma prioridade. É preciso levar em consideração também o valor total da viagem. Se ela está valendo entre R$ 10 e R$ 12 mil, pense quantos meses isso equivale ao seu orçamento”, afirma.
Para a especialista, esse planejamento deve ser feito pensando em como os gastos com a viagem ao Uruguai podem comprometer a sua renda futura. A partir daí é que você deve começar com as economias. “Se você quer se programar para fazer essa viagem em dois meses, é importante fazer pequenos sacrifícios até lá. Você pode deixar de sair pra jantar ou deixar de comprar alguma coisa para ir economizando esse montante”, aconselha Dilor.
André Chede, planejador financeiro CFP da Planejar (Associação Brasileira de Planejadores Financeiros), aconselha que, antes de pensar em hospedagem ou em passagem aérea, a pessoa se informe sobre as restrições impostas pela pandemia da covid-19 no país e nas companhias aéreas.
“Nas circunstâncias atuais, há fatores adicionais àqueles que geralmente tomamos cuidado. Avalie se existe algum tipo de restrição para a viagem, seja para testes ou vacinas, olhando para o país e também para as companhias aéreas. Veja as exigências que são solicitadas antes do embarque”, afirma.
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O Uruguai iniciou o processo de reabertura das fronteiras recentemente e voltará a receber brasileiros não residentes a partir do dia 1 de novembro. É necessário estar com a vacinação contra a covid-19 completa e apresentar um teste PCR recente e negativo.
Passagem aérea
Embalada pela flexibilização das restrições do país, a companhia aérea Azul anunciou na última semana que vai retomar a rota de voos até Montevidéu a partir do dia 10 de novembro. A compra das passagens já pode ser realizada e custam, segunda a empresa, a partir de R$ 2.305.
Um levantamento da Kayak, a pedido do E-Investidor, mostrou que desde que os times brasileiros foram classificados para a final, a busca por voos até o país vizinho saltou 904%. O preço médio atual do ticket de ida e volta é de R$ 5,6 mil, um aumento de 36% em relação ao período anterior à classificação.
Em outras plataformas de busca de passagens, é possível encontrar voos a partir de R$ 8 mil.
Dólar ou peso uruguaio?
Na cotação atual, o peso uruguaio está R$ 0,12. Para se ter uma ideia de preços comparativos, uma garrafa de água no Uruguai custa, em média, 49,50$, o equivalente a cerca de R$ 6.
A recomendação de Chede, da Planejar, é que o torcedor invista direto na compra de dólar, já que a moeda é aceita em diversos estabelecimentos comerciais do país. “A turma que vai assistir o jogo provavelmente vai ficar pouco tempo. Muitas vezes já vão as despesas pagas. Pela quantidade de dólares, que tende a ser um volume baixo, é melhor comprar tudo de uma vez só”, aconselha.
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Como faltam poucos dias para a viagem, não é preciso esperar muito tempo para comprar a moeda americana. Na visão de Chede, se o preço do dólar oscilar entre R$ 5 e R$ 5,30, já seria uma cotação interessante para o momento.
Dilor, da Avenue, concorda que ao optar pelo dinheiro em espécie, a melhor opção também é a moeda americana. “No curtíssimo prazo, o dólar é sempre o que tende mais a subir. Ou seja, se a pessoa puder comprar um pouquinho de dóla toda semana para fazer a reserva, melhor”, diz.
No último dia 27 de setembro, o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou anunciou uma série de medidas para incentivar o turismo no país. Entre elas, uma que pode ajudar os brasileiros, mesmo com as variações do câmbio e a desvalorização do real: a retirada do IVA (Imposto de Valor Agregado) dos serviços de gastronomia, como bares, restaurantes e cafeteria; de hotéis e hospedagens locais; e do aluguel de carros para estrangeiros não residentes.
De acordo com o Jornal La Nacion, os descontos podem chegar a 22% e devem ser aplicados independentemente da forma de pagamento — cartão de crédito, débito ou dinheiro.
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Na visão dos especialistas, a medida torna o cartão de crédito mais vantajoso no país mesmo com o IOF de 6,38%. “É um baita desconto. Evitamos usar cartão de crédito em viagem por conta do IOF, mas esse desconto do IVA compensa, fora a facilidade de não ter que ficar usando moeda”, afirma Chede.
Para a Mell Dilor, porém, o ideal seria o uso de um cartão em dólares, que não tivesse as altas taxas cobradas pelo crédito nacional. “É um IOF muito alto. Sem contar que o spread do cartão utilizado é mais alto ainda. Se a pessoa for deixar para usar somente o cartão de crédito, pode ser que essa viagem fique ainda mais cara”, alerta a especialista da Avenue.