Autoridades chinesas ordenaram que as duas principais regiões produtoras de carvão do país adotem medidas para ampliar imediatamente sua capacidade de produção anual para mais de 160 milhões de toneladas, agora que a China enfrenta sua pior crise energética e escassez de carvão em anos.
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As autoridades enfrentam preços em altas recordes e blecautes que levam ao racionamento de energia em todo o país, o que prejudica a produção industrial.
Shanxi, a maior região produtora de carvão da China, ordenou que suas 98 minas de carvão elevem sua capacidade produtiva em 55,3 milhões de toneladas pelo resto do ano, confirmou uma autoridade do governo provincial nesta sexta-feira (8) em um documento visto pela Reuters.
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A região também permitirá que 51 minas de carvão que haviam atingido seus níveis máximos de produção anual continuem produzindo no quarto trimestre e que elevem sua capacidade em 8 milhões de toneladas, o que se espera acrescentar 20,65 milhões de toneladas de suprimento adicional.
Na Mongólia Interior, a segunda maior região produtora de carvão chinesa, um informe urgente do departamento de energia regional datado de 7 de outubro pediu às autoridades locais que notifiquem 72 minas de que podem operar nos níveis mais elevados estipulados de imediato, contanto que garantam uma produção segura.
Uma autoridade do departamento não quis dizer quanto tempo o reforço da produção terá permissão para durar.
O informe veio na esteira de uma reunião durante a qual autoridades regionais delinearam medidas para o suprimento de energia do inverno em reação a ordens do Conselho Estatal da China, ou Gabinete, noticiou o Inner Mongolia Daily nesta sexta-feira.
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“A força-tarefa de carvão (do governo) deve pedir às mineradoras que elevem a produção sem fazer concessões, e a equipe de energia fará com que as empresas geradoras garantam a demanda de eletricidade e aquecimento no inverno”, disse o jornal.
“Isto demonstra que o governo é sério a respeito da elevação da produção de carvão para amenizar a escassez”, disse um comerciante radicado em Pequim, que estimou que o reforço da produção pode levar de dois a três meses para se materializar.
Anteriormente, as 72 minas da Mongólia Interior, a maioria das quais são poços abertos, tinham uma capacidade anual autorizada de 178,45 milhões de toneladas.
O informe propôs que elas a elevem para 98,35 milhões de toneladas, mostraram cálculos da Reuters.
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