O contrato mais líquido do ouro fechou em alta hoje (10), em sessão na qual o metal é impulsionado pelos dados de inflação nos Estados Unidos. O avanço do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de outubro divulgado hoje foi acima do esperado por analistas, e estimulou o ouro como um refúgio diante do avanços nos preços.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange, o ouro com entrega para dezembro encerrou a sessão com ganho de 0,95%, a US$ 1.848,3 a onça-troy.
O CPI dos EUA subiu 0,9% em outubro ante setembro, segundo dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Trabalho. O resultado veio bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,6%. Na comparação anual, o CPI teve alta de 6,2% em outubro, acima da projeção de avanço de 5,9%. O núcleo teve incremento de 4,6%, o maior desde 1991, superando o avanço esperado de 4,3%.
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O BMO Capital Markets considerou “preocupante” a leitura de outubro. Na avaliação do banco canadense, o indicador é um desafio para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano). “No geral, foi uma leitura de inflação preocupante para a suposição-base do Fed de que os preços ao consumidor irão moderar em 2022”, diz o analista Ian Lyngen, que assina um comentário enviado a clientes.
Segundo o TD Securities, os preços do ouro estão recebendo impulso em meio aos dados do CPI mais fortes do que o esperado, o que está alimentando uma busca de investidores por proteção ante a alta inflação. “Considerando o quão ruim tem sido o sentimento em metais preciosos nos últimos meses, a barreira estava baixa para que os preços superassem a resistência da linha de tendência com algumas notícias positivas para os metais preciosos”, aponta.