O petróleo fechou em forte alta nesta terça-feira (7), a segunda desta semana, com investidores ainda ajustando suas posições em meio a um cenário mais otimista acerca da variante ômicron do coronavírus. Até agora, autoridades sanitárias relataram quadros de gravidade apenas moderada entre pacientes que contraíram a cepa, o que indica um impacto reduzido sobre a atividade econômica.
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O barril do petróleo WTI com entrega prevista para janeiro subiu 3,68% (US$ 2,56) na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 72,05, enquanto o do Brent avançou 3,23% (US$ 2,36) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 75,44.
Principal conselheiro para a pandemia de covid-19 da Casa Branca, Anthony Fauci reiterou comentários que fez durante o fim de semana ao dizer, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, que os casos registrados até agora da variante ômicron não estão mostrando quadros severos da doença, ainda que o aumento das infecções na África do Sul sugira maior transmissibilidade.
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Ainda no noticiário da crise sanitária, a farmacêutica britânica GlaxoSmithKline relatou que o seu tratamento com anticorpos para a covid-19 reteu eficácia contra a nova cepa, de acordo com estudos pré-clínicos conduzidos pela empresa.
A perspectiva de um impacto reduzido da ômicron sobre a demanda global deixou investidores mais otimistas, o que beneficiou os preços do óleo. A Capital Economics, no entanto, projeta um cenário de sobreoferta no mercado em 2022 mesmo se os efeitos da cepa sobre a atividade forem mais limitados. Isso porque a consultoria estima que a demanda por combustíveis na Europa seguirá em queda, enquanto a do setor de tráfego aéreo diminuirá por conta das restrições a viagens já impostos por alguns governos.
Entre outros drivers para o mercado hoje, o banco ANZ também cita como fator positivo as travas nas negociações entre Irã e EUA para a retomada do acordo nuclear de 2015, que poderia provocar uma liberação de oferta da commodity pelo mercado iraniano. Segundo a Reuters, o secretário de Estado americano, Anthony Blinken, disse ontem que o Irã não parece falar sério nas tratativas para “reviver o pacto”.