O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em leve alta hoje (13), em sessão na qual os investidores aguardam as decisões de política monetária de alguns dos principais bancos centrais ao longo da semana. As autoridades de Estados Unidos, zona do euro, Reino Unido e Japão se posicionam nos próximos dias, o que deve impactar o mercado.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,19%, a US$ 1.788,30 por onça-troy.
Na próxima reunião do Federal Reserve (Fed), o Commerzbank acredita que uma redução gradual nos estímulos mais rápida pode potencialmente pesar sobre o preço do ouro, se o dólar se valorizar e os rendimentos dos Treasuries aumentarem quando isso for anunciado.
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Levando em conta 2021, o Commerzbank avalia que os metais preciosos devem fechar o ano com um retorno negativo, mas com potencial de alta para 2022. O banco alemão destacou, em relatório enviado a clientes, que o Fed provavelmente apertará sua política monetária em 2022, mas isso não mudará o ambiente de taxas de juros reais negativas, o que é favorável para o ouro. “É provável que o próximo ano seja dominado pela questão de como os bancos centrais reagem ao aumento significativo das taxas de inflação”, diz o banco. Hoje, pesquisa divulgada pelo Fed de Nova York apresentou aumento nas expectativas de inflação de curto prazo, passando de 5,7% em outubro para 6%, e queda na de médio prazo (4% ante 4,2%), sendo este o primeiro declínio desde junho deste ano.
Dessa forma, caso a inflação mais alta se arraigue e os bancos centrais deixem de reagir adequadamente a ela, o ouro provavelmente se beneficiaria com isso como uma proteção. Segundo o Commerzbank, por causa de sua baixa correlação com outras classes de ativos, o ouro é perfeitamente adequado para diversificação. Além disso, muitos bancos centrais provavelmente estarão ansiosos para não permitir que a participação do dólar em suas reservas monetárias se torne muito grande. “O dólar já se encontra significativamente sobrevalorizado, o que implica o risco de perdas cambiais.
Para o Commerzbank, existe ainda um risco latente de que o governo dos EUA possa usar o dólar como alavanca política para sanções. Esse risco existe em particular para grandes economias emergentes que estão em competição política e econômica com os EUA. O ouro não tem esse risco de sanção, lembra o banco.