O ouro fechou em baixa na sessão desta sexta-feira, em meio à recuperação do dólar ante rivais. Na semana, porém, o metal precioso acumulou ganhos, com investidores monitorando apostas para alta de juros do Federal Reserve (Fed) e falas de dirigentes da instituição.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro recuou 0,27%, a US$ US$ 1.816,50 por onça-troy. Na semana, porém, acumulou avanço de 1,06%.
Hoje, após perdas recentes, o dólar sobe ante rivais. A alta da divisa americana tende a pressionar os ativos das commodities, pois os torna mais caros para detentores de outras moedas.
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Entre os indicadores divulgados nesta sessão, os Estados Unidos registraram queda nas vendas no varejo em dezembro, com recuo maior do que o previsto por analistas. Já o sentimento do consumidor também caiu, na leitura da Universidade de Michigan. O Commerzbank destaca que ambos os dados são importantes para mostrar os efeitos do rápido avanço da variante Ômicron do coronavírus pelos EUA.
Para o banco alemão, assim como para o Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês), os preços do ouro devem responder no curto prazo aos juros de títulos públicos, que devem ser influenciadas pelo ritmo de aperto monetário nos principais bancos do mundo e sua eficácia em controlar a inflação. De modo geral, a expectativa é que o ouro siga em demanda, dada sua característica de ser uma proteção à inflação para investidores.
O TD Securities, por sua vez, afirma que, com os mercados focados na decisão do Fed, poucos fatores devem apoiar o ouro nas próximas semanas, o que pode deixar o metal precioso vulnerável.