No exterior, as bolsas na Europa fecharam mistas nesta segunda-feira. A guerra na Ucrânia e seus
impactos sobre a economia continuam sendo monitoradas pelos investidores e pesam sobre o sentimento de risco, enquanto a alta do petróleo da impulso ao setor de energia. Nos EUA, o destaque do dia foi o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Muito embora ele tenha dito que a autoridade monetária não prevê progressos no horizonte de curto prazo para a inflação nos Estados Unidos e que não vê risco alto de recessão no país em decorrência da normalização da política monetária, os investidores focaram na possibilidade de alta acima de 0,25 ponto nos fed funds aventada por Powell.
Em reflexo desta fala, os principais índices acionários americanos encerraram o dia em queda. No Brasil,
em dia de agenda econômica esvaziada, o desempenho negativo das bolsas nos EUA amornou o
desempenho do Ibovespa ao longo da tarde. Ainda assim, ao final do pregão, o Ibovespa encerrou aos
116.155 pontos, com avanço de 0,73% e giro financeiro de 30 bilhões. A bolsa brasileira foi respaldada por um fluxo estrangeiro que pressionava o dólar para baixo. Desta forma, o dólar vs. real encerrou com
queda de 1,42%, cotado aos R$ 4,94.
No mercado de commodities, os preços do petróleo terminaram a sessão em forte alta, refletindo essencialmente a falta de avanço nas negociações de cessar fogo entre Rússia e Ucrânia. O barril do tipo Brent fechou em alta de mais de 7%, aos US$ 115/barril. O desempenho da commodity favoreceu a bolsa, via ações da Petrobras. Nos juros, porém, a alta do petróleo ajudou a pressionar a curva, além do avanço do rendimento das treasuries. Dentre os setores, destaque negativo ao setor varejista e techs que são mais sensíveis a qualquer sinalização da necessidade de mais aperto monetário. Na agenda desta terça-feira, destaque para a divulgação da ata referente a última reunião do Copom.
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