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Colunista

Como driblar a impulsividade, diminuir o consumismo e começar a poupar

Se autoconhecer e entender o processo de tomada de decisão é fundamental para mudar comportamentos

Por Evandro Mello

19/03/2022 | 4:08 Atualização: 18/03/2022 | 15:15

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Atire a primeira pedra quem nunca fez uma compra por impulsividade e depois, quando chegou a fatura do cartão de crédito, se arrependeu. Foto: Envato Elements
Atire a primeira pedra quem nunca fez uma compra por impulsividade e depois, quando chegou a fatura do cartão de crédito, se arrependeu. Foto: Envato Elements

Atire a primeira pedra quem nunca fez uma compra por impulsividade e depois, quando chegou a fatura do cartão de crédito, se arrependeu. Quando falamos em educação financeira e mudança de hábitos, parece claro que é importante fazer planejamento, parar de gastar e poupar. Mas, na prática, a gente sabe que o buraco é bem mais embaixo.

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Tanto comprar quanto poupar dinheiro são tomadas de decisão. E como toda tomada de decisão, elas passam por três estágios que acontecem no nosso sistema nervoso central: ou seja, no nosso cérebro.

Quando você pensa em poupar ou comprar alguma coisa ou recebe algum estímulo externo como uma publicidade, a primeira coisa que o seu cérebro faz é ativar o sistema reptiliano, o mais primitivo de todos, para desenvolver um entendimento automático sobre a situação. Isso causa sensações como aumento do batimento cardíaco, mudança na pressão arterial, na temperatura corporal, dilatação da pupila etc.

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No segundo momento, as informações são processadas no nosso sistema límbico, que está muito conectado às nossas emoções, memórias, aquilo que a gente aprendeu como formas de resposta ao mundo e aquilo que a gente herdou geneticamente. Fazemos uma avaliação afetiva sobre aquilo.

Por fim, nosso cérebro começa a identificar se aquilo é bom ou ruim de forma mais lógica e avaliando as possíveis consequências. “É algo que vai ajudar e garantir minha sobrevivência ou é algo que de alguma forma me ameaça? Esse é o sistema que avalia perigo”, explica Renata Taveiros de Saboia, neuroeconomista, fundadora da GTJTÉ Consultoria e membro do Conselho Científico da Multiplicando Sonhos (MS).

Vale ressaltar que esses processos acontecem sempre de acordo com as nossas experiências passadas, nossa visão de mundo e nossa cultura. Por isso, nossos hábitos estão muito ligados a onde nascemos, qual foi a nossa criação e quais foram as experiências que passamos ao longo da vida.

Porém, se deixarmos o processo de decisão chegar até o terceiro estágio, o mais racional de todos, e já tomamos consciência das vantagens e desvantagens de não gastar para poder poupar, fica muito mais fácil barrar comportamentos impulsivos em relação ao dinheiro.

A culpa é toda da dopamina

O grande problema, que faz com que as pessoas tomem decisões precipitadas e pouco inteligentes, é que, dentre esses três processamentos cerebrais que antecipam a tomada de decisão, o que ocorre no sistema límbico é o mais forte. Ou seja, tendemos a tomar decisões pela emoção.

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O sistema límbico reforça a impulsividade principalmente por conta do sistema de recompensa. Isto é, quando entendemos que determinada decisão oferece uma possibilidade de recompensa, antes mesmo de tomar a decisão, o nosso cérebro libera dopamina, hormônio do prazer, por antecipação dessa recompensa.

Então, se, por exemplo, você acha que comprar um determinado tênis da moda vai te trazer reconhecimento em um grupo social, te deixar mais bonito e te fazer parecer mais “cool”, essa expectativa de recompensa faz com que a dopamina seja liberada antes mesmo de você fazer a compra. Consequentemente, você tende a ter um comportamento impulsivo.

Ao mesmo tempo, essa liberação de dopamina inibe por alguns minutos a atuação do córtex e do córtex pré-frontal em suas funções de controle inibitório, que é o que breca alguns comportamentos. Ou seja, a parte racional, de avaliar se a compra do tênis faz de fato sentido, se você tem dinheiro e se essa é a melhor forma de gastar esse dinheiro, fica adormecida.

A liberação da dopamina faz com que a gente perca brevemente a capacidade de pensar. Por isso a expressão “fiz sem pensar” faz tanto sentido.

Pensar duas vezes

Se não podemos lutar contra os mecanismos automáticos do nosso cérebro, então como fugir de comportamentos impulsivos? Segundo minha colega Renata, o primeiro passo é se autoconhecer e reconhecer se você já tem uma tendência maior a tomar decisões por impulsividade.

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O segundo passo é, então, conhecer como funciona esse mecanismo cerebral para então driblá-lo. Ora, se você sabe que o comportamento impulsivo é reforçado pela liberação de dopamina, é preciso que você aguarde alguns minutos até que a quantidade dessa substância no seu cérebro diminua e você consiga passar para o estágio três da tomada de decisão, o mais racional de todos.

Uma alternativa para isso é, após experimentar o tênis ou qualquer outro objeto que seja, sempre dar uma volta no shopping antes de tomar a decisão final. Ou, se for uma compra on-line, após encher o carrinho de compras, feche o site e vá fazer alguma outra coisa. Se depois desse tempo você ainda optar pela compra, será uma decisão mais racional.

Usando a neurociência a seu favor

Outro mapeamento já feito pela neurociência é que tendemos a não querer abrir mão de uma recompensa imediata para ter uma recompensa no futuro. Ou seja, tendemos a não querer poupar o dinheiro do tênis que pode nos dar satisfação hoje para investir e ter mais dinheiro no futuro.

Um estudo feito via ressonância magnética comprovou que o nosso cérebro não entende o “eu do futuro” como “eu”. Ao colocar pessoas em aparelhos de ressonância magnética funcional e pedir a elas que se imaginassem tirando dinheiro de suas carteiras e dando a completos estranhos na rua, foi monitorado que determinadas áreas do cérebro foram ativadas pelo comportamento.

Depois, ao pedirem para que essas mesmas pessoas se imaginassem dando a mesma quantia de dinheiro a elas mesmas, só que no futuro, 20 ou 30 anos depois, as mesmas áreas cerebrais foram ativadas.

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Ou seja, o “você do futuro” é igual a um completo estranho para o “você do presente”. E isso impacta na nossa motivação para criar reservas de emergência e fazer investimentos.

Então, que tal criar métodos de recompensa para toda vez que você investir? Você pode criar uma regra de que, toda vez que investir determinada quantia ao receber seu salário, usará uma segunda quantia, menor, para ir ao cinema ou fazer qualquer outra atividade que você goste. Assim, você usará o sistema de recompensa a seu favor.

Na Multiplicando Sonhos, estamos aplicando isso na prática. Nesse ano, iniciamos uma pesquisa qualitativa com nossos alunos onde pedimos a eles que definam o seu “eu futuro“. O objetivo é que, ao se imaginarem já no futuro, suas motivações para alcançar aqueles objetivos colocados no papel sejam muito maiores.

A pesquisa é associada à tese de mestrado em Ciências Comportamentais da diretora de Estudo Comportamentais da MS, Isabella Paschuini, na London School of Economics (LSE) e também responde questões como:

  1. A educação financeira é eficaz para jovens alunos de escolas públicas, do ponto de vista do engajamento e aprendizado que eles adquirem?
  2. Que tipos de estratégias traçadas a partir de insights comportamentais podem aumentar a eficácia da educação financeira?

Como disse Renata, não podemos mudar o funcionamento do nosso cérebro. Mas podemos utilizar o conhecimento que temos para criar mecanismos que nos favoreçam. E isso vale para tudo na vida.

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Bora lá aproveitar que já sabemos como funciona o nosso cérebro e começar a investir?

Bons investimentos!

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