Membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), Klaas Knot afirmou, nesta sexta-feira, que a autoridade monetária não deve descartar a possibilidade de aumentar as taxas de juros já em setembro, outubro ou dezembro deste ano. Os comentários foram feitos em entrevista à Bloomberg TV.
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Knot, que é presidente do Banco Central da Holanda, argumentou que os riscos de efeitos inflacionários permanentes aumentaram na zona do euro. Na visão dele, o quadro sustenta a tese de que o BCE deve encerrar as compras de ativos antes do verão europeu. “Não estamos em posição para excluir qualquer cenário possível”, argumentou.
O dirigente minimizou o risco de que o aperto monetário provoque um cenário de estagflação, fenômeno definido por períodos de inflação alta e crescimento econômico estagnado. “Não estou falando em recessão. No máximo, estaria falando em uma ‘slowflation'”, ressaltou, recorrendo a um neologismo que combina as palavras “lento” e “inflação”.
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Knot acrescentou que a guerra decorrente da invasão russa da Ucrânia terá impacto negativo na economia, mas que o efeito deve ser mitigado por uma série de fatores, entre eles a política fiscal e gastos adicionais em defesa, refugiados e outras áreas.