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Nubank: Vélez não terá bônus se condições de CSA não se cumprirem

Na sexta-feira, o papel fechou o dia em US$ 6,01, próximo das mínimas históricas

Nubank: Vélez não terá bônus se condições de CSA não se cumprirem
Foto: Paulo Whitaker/Reuters
  • Na última semana, a remuneração prevista para a diretoria do Nubank neste ano chamou atenção do mercado. Ao todo, a fintech prevê pagar até R$ 804,4 milhões a seus oito diretores

Em nota de esclarecimento, o Nubank informou nesta segunda-feira que se não forem cumpridas as condições de acordo fechado em outubro do ano passado, o cofundador e CEO da fintech, David Vélez, não terá direito a remuneração com base em ações em um período de cinco anos. Ou seja: 100% do bônus em ações do executivo está atrelado ao acordo.

Na nota, o Nubank lembra que Vélez receberá 1% das ações da fintech caso a cotação dos papéis na Bolsa de Nova York atinja US$ 18,69, e 1% caso chegue a US$ 35,30. Os valores são três e seis vezes mais altos que os do último fechamento do papel, respectivamente.

Na sexta-feira, o papel fechou o dia em US$ 6,01, próximo das mínimas históricas. “O CSA estabelece metas desafiadoras que refletem patamares de capitalização de mercado atrativos para os nossos acionistas. Desta forma, o CSA cria um alinhamento de interesses de longo prazo, forte e transparente, entre o Sr. Vélez e os nossos acionistas”, afirma o Nubank.

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O executivo, que aderiu à iniciativa Giving Pledge e se comprometeu a doar sua fortuna em vida, também incluirá na doação os papéis que por ventura receber através do acordo, prossegue a fintech.

Na última semana, a remuneração prevista para a diretoria do Nubank neste ano chamou atenção do mercado. Ao todo, a fintech prevê pagar até R$ 804,4 milhões a seus oito diretores, soma superior à prevista pelo Itaú para este ano, por exemplo.

Entretanto, o valor não será dividido de maneira igual entre os diretores. Cerca de 84% do total, ou R$ 678,9 milhões, correspondem ao acordo fechado com Vélez, como mostrou o Broadcast na quinta-feira. Fechado antes da estreia do Nubank na Bolsa, o acordo se justificava, de acordo com o neobanco, pela importância do executivo para a companhia.

Na nota divulgada hoje, o Nubank reitera que “praticamente 100%” da remuneração variável de seu CEO nos próximos cinco anos será baseada no acordo. Este é o período mínimo que ele deverá ficar na empresa para ter direito ao pagamento.

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Neste ano, outros R$ 125,5 milhões serão direcionados à remuneração dos demais membros da diretoria, que não fazem parte do acordo.

Atualmente, David Vélez é o controlador do Nubank, posição que exerce através do veículo de investimento Rua California, que detém ações com direito a “supervoto”. Estes papéis não estão nas Bolsas.

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