A maior aversão a risco ainda prevalece nos mercados internacionais nesta manhã de sexta-feira, refletindo os receios com a escalada da inflação, com impactos diretos na direção das taxas de juros e uma provável desaceleração da economia mundial. Nesse sentido, os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias recuam, embora o bloco europeu recue em mais intensidade em reação à queda da produção industrial na Alemanha bem maior do que se esperava para o mês de março.
O cenário pode ganhar contornos diferentes ao longo da sessão, caso os membros do Federal Reserve façam comentários mais favoráveis ao mercado e o payroll mostre que as condições e trabalho de mercado, talvez, não permitam uma escalada tão intensa de juros por lá.
Por aqui, o movimento externo deve continuar pesando, embora o resultado trimestral (e o novo anúncio de dividendos) possa manter as ações da Petrobras em alta – representando, aproximadamente, 10% da
composição do Ibovespa. Ainda assim, o avanço dos juros no mundo todo e do petróleo nesta manhã devem pesar novamente no mercado de juros futuros.
Agenda econômica 06/05
Brasil: O IGP-DI de abril saiu logo cedo, às 8 horas, mostrando alta de 0,41%, abaixo da mediana do mercado, que apontava para 0,75% em abril. No mercado cambial, o Banco Central ofertará até 15 mil contratos de swap cambial, equivalentes a US$ 750 milhões (11h30), na tentativa de conter uma disparada nas cotações da moeda norte-americana por aqui.
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EUA: Destaque para a publicação do payroll (9h30) de abril nos Estados Unidos, o principal relatório do mercado de trabalho da maior economia do mundo. As expectativas apontam para a criação de 400 mil postos de trabalho no mês passado, trazendo a taxa de desemprego para 3,5%. Além disso, uma série de dirigentes do Federal Reserve faz aparições públicas, incluindo o diretor do Fed Christopher Waller e o presidente da distrital de St.Louis, James Bullard, que discursam na conferência Hoover Institution Monetary 2022.