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- O índice avançou 1,7% na quarta-feira, acompanhando salto das bolsas em Wall Street, após o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, descartar uma alta de 0,75 ponto percentual por ora no juro dos Estados Unidos
O principal índice da bolsa brasileira afundava nesta quinta-feira, em linha com Nova York, após alta na véspera por causa de mensagem mais suave do Federal Reserve (Fed) quanto aos juros.
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O mercado local também digeria a sinalização do Banco Central de uma elevação menor do que 1 ponto percentual na próxima reunião de política monetária.
Vale e Itaú Unibanco eram as maiores pressões ao índice e varejo e tecnologia estavam entre os setores de pior desempenho. Suzano e Klabin eram as únicas altas.
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Às 12:03 (de Brasília), o Ibovespa caía 3,4%, a 104.655,23 pontos. O volume financeiro era de 8,5 bilhões de reais.
O índice avançou 1,7% na quarta-feira, acompanhando salto das bolsas em Wall Street, após o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, descartar uma alta de 0,75 ponto percentual por ora no juro dos Estados Unidos. A declaração veio na sequência do anúncio de elevação em 0,5 ponto, como esperado.
As ações em Nova York revertiam o movimento nesta quinta-feira, impactadas pela queda firme dos papéis de tecnologia – o Nasdaq afundava 4,3%.
“Tem a devolução do mercado aqui por conta do movimento lá fora em Nova York”, diz Camila Abdelmalack, economista na Veedha Investimentos. “Por mais que mercado entenda que a postura do Fed não foi tão agressiva assim, o fato é que na curva de juros dos EUA a elevação de 0,75 ponto continua sendo a mais provável”
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Internamente, havia impacto ainda da decisão de política monetária do BC, divulgada na noite da véspera. A alta de 1 ponto da Selic era amplamente esperado e os investidores focaram na indicação do BC de uma alta de menor magnitude na próxima reunião, sem especificar se isso representaria o fim do ciclo.
Uma série de balanços corporativos negativos também pesava sobre o humor dos investidores na cena doméstica.
Destaques
– BRF ON desabava 8,5%, após a processadora de aves e suínos anunciar um prejuízo de 1,58 bilhão de reais no primeiro trimestre, com impacto da inflação no consumo e nos custos operacionais da empresa no Brasil. A recomendação do papel foi cortada pelo JPMorgan a “underweight”.
– MAGAZINE LUIZA ON perdia 9,7%, VIA ON cedia 5,3% e AMERICANAS ON caía 5,8%. Ações de varejo haviam disparado na véspera. Em tecnologia, TOTVS caía 8,2%, também após balanço na véspera, com aumento de receitas ofuscada por maiores despesas no primeiro trimestre. INTER UNIT recuava 6,2%.
– CSN ON afundava 7,7% após balanço. GERDAU ON perdia 1,8%, também após resultados e anúncio dividendos e recompra de ações. VALE ON tinha queda de 2,3%, mesmo com alta dos contratos futuros de minério de ferro na China.
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– PETROBRAS PN registrava recuo de 1,7%, mesmo com os preços do petróleo em alta. A estatal divulga resultado do primeiro trimestre após o fechamento do mercado.
– SUZANO ON acelerava 2,6%, em meio à alta do dólar e após a companhia lucrar 10,3 bilhões de reais no primeiro trimestre, à medida que operações com derivativos impulsionaram o resultado financeiro da produtora de celulose. A empresa vê mercado global da matéria-prima com oferta restrita e custo caixa estável. A rival KLABIN UNIT expandia 1,8%.
– AMBEV ON retraía 3,8%. O lucro líquido da cervejaria veio acima do esperado pelo mercado no primeiro trimestre, diante de maiores volumes e efeito positivo de resultado financeiro.
– GPA ON diminuía 3,7%, após o dono da rede Pão de Açúcar registrar fracos resultados operacionais de janeiro a março, ainda que recursos da venda da bandeira Extra de hipermercados tenham impulsionado o lucro.
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– HAPVIDA ON tinha queda de 6,8%. Na véspera, a Câmara dos Deputados aprovou projeto que estabelece piso salarial para enfermeiros, mas a sanção do projeto depende da definição de uma fonte de financiamento.