O dólar marcou seu terceiro pregão seguido de valorização na sessão desta segunda-feira (9) e fechou no maior nível desde meados de março, insuflado pela onda de aversão ao risco que toma conta dos mercados mundo afora. Investidores abandonaram bolsas e correram para se abrigar na moeda americana diante da possibilidade de que a economia global rume para a estagflação, em meio à expectativa de aperto monetário mais intenso nos Estados Unidos, ao prolongamento da guerra na Ucrânia e a sinais de desaceleração da economia da China, cujas exportações cresceram em abril no ritmo mais baixo em quase dois anos.
Com o quadro externo adverso, o dólar já abriu em alta superior a 1% e operou em terreno positivo ao longo de todo pregão. Entre mínima a R$ 5,1020, no início da tarde, e máxima a R$ 5,1605, o dólar à vista encerrou com alta de 1,60%, a R$ 5,1565 – maior valor de fechamento desde 15 de março (R$ 5,1591). Com o avanço de hoje, a moeda já acumula valorização de 4,33% em maio, maior do que toda alta registrada em abril (+3,81%). A queda da divisa em 2022, que chegou a ser de 17%, agora é de 7,52%.