O petróleo fechou em forte baixa nesta quarta-feira, penalizado por uma sessão de aversão ao risco, em meio à notícia de que a China impôs uma nova área de quarentena na região portuária de Binhai, em Tianjin. Neste contexto, planos da União Europeia (UE) para reduzir sua dependência em combustíveis fósseis da Rússia e dados de estoque nos EUA ficaram em segundo plano.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para julho recuou 2,36% (US$ 2,59), a US$ 107,04, enquanto o do Brent para o mesmo mês teve baixa de 2,25% (US$ 2,82), a US$ 109,11, na Intercontinental Exchange (ICE).
Após ter operado sem grande impulso na maior parte da manhã, o petróleo seguiu a tendência de baixa nos mercados globais após circular entre operadores a notícia – depois confirmada pela Bloomberg – de que uma região portuária na metrópole chinesa de Tianjin entrou em quarentena.
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O fato frustrou a expectativa de relaxamento das medidas sanitárias na segunda maior economia global. Nesta semana, Xangai iniciou um período de reabertura gradual, com previsão de retirada completa da quarentena em 1° de junho.
Investidores também acompanharam, em segundo plano, a divulgação dos números de estoque de petróleo e derivados nos EUA na semana passada. Segundo a Capital Economics, embora o recuo nos barris estocados indique força nas exportações, a demanda por produtos derivados deve piorar nos próximos meses por conta dos preços elevados.
Ainda no radar do mercado, a UE detalhou seu plano para reduzir a dependência do bloco sobre a produção energética da Rússia, de forma a acelerar a transição para fontes renováveis em meio ao choque provocado pela ofensiva russa na Ucrânia.
Enquanto isso, segue indefinida a decisão da UE sobre cortar as importações de petróleo produzido na Rússia.
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“O acordo sobre o embargo de petróleo continua provável, mas provavelmente não deve ser fechado antes do fim do mês. Os estados membros da UE estão se recusando a avançar com a pauta sem a Hungria concordar por medo de criar divisões na posição unificada do bloco contra a Rússia”, comenta a Eurasia, em relatório.