Por Letícia Simionato – O cobre fechou em queda nesta terça-feira. Mesmo diante do arrefecimento do dólar ante moedas rivais, o metal básico foi pressionado por temores renovados com a desaceleração da economia chinesa, com o aumento de casos de covid-19 na capital, Pequim, acendendo o alerta.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para julho fechou em queda de 0,93%, a US$ 4,3050 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 0,49%, a US$ 9.484,00, às 15h33 (horário de Brasília).
Pequim registrou um novo aumento no número de infecções por covid-19, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua. A cidade ordenou que testes em massa fossem realizados, além do isolamento de diversos conjuntos residenciais na cidade.
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Além disso, a vice-primeira-ministra da China, Sun Chunlan pediu adesão à política de “tolerância zero” e medidas mais abrangentes para conter a transmissão da doença na capital. Diante da desaceleração da economia chinesa, o Banco do Povo da China (PBoC) orientou as instituições financeiras do país a ampliarem o apoio à economia real e às demandas de crédito. O BC pediu que as empresas tomem medidas para a reduzir os custos de financiamento, aumentar o suporte a pequenas e médias empresas, além das famílias, com objetivo de “estabilizar os fundamentos macroeconômicos”.
O Commerzbank destaca, em relatório enviado a clientes, que, apesar de a China ter anunciado uma série de medidas destinadas a fortalecer a economia recentemente, isso não parece ter impressionado os participantes do mercado. “Alguns estão apontando para a recuperação da demanda, que está avançando mais lentamente do que o previsto. Outros estão destacando o quão difícil será para o governo chinês estabilizar a economia se continuar a seguir sua rígida política contra a covid”, explica.
De acordo com o TD Securities, no futuro, os metais básicos permanecem em uma posição precária, à medida que os temores de recessão global ganham força em cima de uma demanda já enfraquecida com os bloqueios chineses. “Ao mesmo tempo, o prêmio de risco de fornecimento, que anteriormente era um dos principais impulsionadores dos metais básicos, foi rapidamente erodido à medida que a produção se recupera”, analisa.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 2,64%, a US$ 2.877,00, a do chumbo perdia 0,96%, a US$ 2.173,50, a do níquel tinha queda de 4,66%, a US$ 26.485,00, a do estanho caía 0,13%, a US$ 34.500,00, e a do zinco perdia 0,17%, a US$ 3.768,50.
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