Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta sexta-feira, após a elevada leitura de inflação ao consumidor nos Estados Unidos aumentar expectativa por uma postura mais firme do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e impulsionar o dólar no exterior.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega agendada para julho encerrou a sessão em baixa de 1,97%, a US$ 4,2945 a libra-peso, com recuo de 3,97% na semana. Na London Metal Exchange (LME), por volta das 14h30 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 1,68%, a US$ 9.447,00 por tonelada – perda semanal de 0,77%.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano registrou expressiva aceleração e subiu 1,0% em maio ante abril, segundo informou hoje o Departamento de Trabalho do país. Na comparação anual, o salto foi de 8,6%, o maior desde dezembro de 1981.
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O indicador sepultou as esperanças de que a escalada dos preços pudesse ter atingido o pico, em um cenário que impõe mais pressão ao Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Depois do indicador, a plataforma de monitoramento do CME Group mostrou que cresceram as chances de elevação de 75 pontos-base em julho. O Barclays foi além: passou a prever aumento nessa dimensão já no encontro da semana que vem.
A cautela inflacionária se juntou às incertezas em relação à economia da China, em meio a novas restrições para conter o coronavírus em um distrito de Xangai. “A contração em curso na atividade econômica da China, combinada com um Fed e um BCE hawkish, sugere que os ventos contrários do lado da demanda por metais estão crescendo”, avalia o TD Securities.
Nesse ambiente, o dólar apresentou acentuada valorização ante rivais e emergentes, o que tende a pesar sobre commodities, ao torná-las mais caras para detentores de outras moedas e, portanto, menos atraentes.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio caía 2,55%, a US$ 2.689,50; a do chumbo perdia 2,57%, a US$ 2.140,50; a do níquel baixava 2,43%, a US$ 27.250,00; a do estanho cedia 5,04%, a US$ 35.000,00; a do zinco recuava 2,21%, a US$ 3.692,00.
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