A importantíssima semana, do ponto de vista de política monetária, começa com os investidores mais
cautelosos, ainda com uma pressão vendedora que se iniciou nos mercados internacionais na última quarta-feira. Nesse cenário, as principais bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York operam no campo negativo, assim como foram as negociações durante a madrugada na Ásia, enquanto o índice DXY (que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes) ganha força nesta segunda-feira.
O pano de fundo, embora ainda seja o mesmo, reflete a proximidade das decisões de juros de importantes Bancos Centrais ao longo dos próximos dias, com o Federal Reserve (Fed) atraindo a maior atenção entre os outros encontros na semana (Inglaterra, Japão, Suíça e Brasil, por exemplo). Cresce o receio de que, após o avanço inesperado dos preços ao consumidor (8,6% em
maio) nos Estados Unidos, o Fed possa, em algum momento do ciclo, adicionar 0,75 ponto percentual na taxa básica, o que seria a primeira vez desde novembro de 1994.
O impacto se reflete tanto nos mercados acionários, quanto na renda fixa, já que o prêmio dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos atingiu o nível mais alto desde outubro de 2018. Neste cenário desfavorável à tomada de risco, é improvável que o Ibovespa consiga encerrar a sequência de seis quedas consecutivas hoje, especialmente considerando a falta de maiores direcionadores internos e o fraco desempenho das commodities no exterior hoje.
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Agenda econômica 13/06
Brasil: Os dados preliminares da balança comercial de maio são os únicos indicadores econômicos previstos para hoje (15h). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de reuniões virtuais do BIS (7h30) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (14h), respeitando as regras de silêncio do Copom, que começa na terça-feira e encerra na quarta-feira, após o fechamento dos mercados.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reúne-se hoje com representantes do setor da construção, em Brasília (9h). Nos próximos dias são esperados dados do setor de serviços em abril, na terça-feira, do IGP-10 de junho e IBC-BR de abril, ambos na quarta-feira.
EUA: A reunião de política monetária do Fed, amanhã e quarta-feira, é o grande evento da semana. Hoje, a vicepresidente do Fed, Lael Brainard (15h) participa de eventos. Amanhã, saem os dados da inflação ao produtor (PPI) referentes ao mês de maio. Na quarta-feira, estão programadas as vendas no varejo em maio, o índice de atividade Empire State de junho e, na sexta-feira, a produção industrial em maio.
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Europa: A decisão de política monetária do Banco da Inglaterra, na quinta-feira, fica no radar na região. Hoje, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, participa de evento (8h). Amanhã, saem os dados de maio do CPI da Alemanha. Na quarta-feira, a presidente do BCE, Christine Lagarde, faz anúncio público e, na sexta-feira, está programado o CPI da zona do euro em maio.
China: Destaque para os dados da produção industrial e das vendas no varejo referentes ao mês de maio, na quarta-feira.