Por André Marinho – O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em forte queda nesta segunda-feira, pressionado pelo fortalecimento dos juros dos Treasuries e do dólar no exterior. Os mercados reavaliaram expectativas para o processo de aperto monetário em economias desenvolvidas, na semana em que Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e Banco da Inglaterra (BoE) devem subir juros.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto encerrou a sessão em baixa de 2,33%, a US$ 1.831,80 a onça-troy, na mínima desde 18 de maio, há mais de três semanas.
A leitura elevada do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, na última sexta-feira, deflagrou uma reacomodação nas expectativas para a política monetária. A plataforma de monitoramento do CME Group mostra que as chances de uma alta de 75 pontos-base nos juros já em junho saltaram de 3,1% há uma semana para 31,3% na última hora.
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A probabilidade de um ajuste de 50 pontos-base segue majoritária, mas teve considerável queda no período, de 96,9% a 68,7%. Atualmente, as Fed Funds estão na faixa entre 0,75% e 1,00%. O cenário ampliou a busca por dólar e fortaleceu os juros dos Treausuries, dois desdobramentos que tendem a penalizar metais preciosos. Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, eventualmente, o ouro será beneficiado pelo seu caráter de reserva de segurança, mas isso não ocorrerá agora. “Os riscos de recessão estão crescendo e isso deve ser positivo para os preços do ouro”, avalia.
*Com informações da Dow Jones Newswires