Após as fortes quedas das bolsas internacionais na véspera, as Bolsas da Europa fecharam sem direção única e os índices acionários em Nova York também fecharam mistos nesta sexta-feira. Pela manhã, predominava o clima positivo no exterior, mas as declarações do presidente do Federal Reserve de Minneapolis, Neel Kashkari, que sinalizou que pode apoiar nova alta de 75 pontos-base nos juros dos Estados Unidos em julho, contribuiram para limitar a recuperação observada nos mercados acionários globais.
O posicionamento impulsionou os retornos dos Treasuries, o dólar se fortaleceu ante rivais e pesou sobre o petróleo, que fechou com queda superior a 6%. Temores quanto à economia global em meio ao processo de aperto monetário em nações desenvolvidas impulsionaram as perdas da commodity, bem como a pressão por conta da aparente resiliência da produção russa, mesmo após a União Europeia adotar embargo a importações de petróleo do país.
Ainda no exterior, em dia de agenda mais fraca, saiu a produção industrial dos EUA, que subiu 0,2% em maio ante abril. O resultado veio mais tímido do que o esperado, o que alimenta os temores de recessão. Aqui no Brasil, o pregão foi de forte queda para o Ibovespa, que se ajustou ao tombo de ontem sofrido pelos ativos no exterior, com destaque para as ADRs de empresas brasileiras em Nova York. Além disso, o desconforto interno com o imbróglio em torno da Petrobras também penalizou o principal índice da Bolsa brasileira.
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A empresa anunciou novo reajuste no preço dos combustíveis, e o mercado precificou o impacto na inflação, além da notícia ter trazido muita repercussão política. Sendo assim, o Ibovespa chegou a tocar o patamar dos 98 mil pontos, em dia de forte queda das commodities e sem indicadores econômicos relevantes da agenda. Ao término do pregão, o Ibovespa tinha queda de 2,90% aos 99.825 pontos com giro financeiro de R$ 43,1 bilhões em dia de vencimento de opções sobre ações. O dólar, por sua vez, fechou com alta de 2,35% cotado aos R$ 5,14.
Na agenda econômica local da próxima semana destaque para a divulgação da ata do Copom e do IPCA-15. No exterior, serão divulgadas as primeiras leituras do índice PMI industrial de junho da Zona do Euro, do Reino Unido e dos EUA.