Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em alta nesta terça-feira, em meio ao clima mais ameno nos mercados globais, na volta de um feriado americano. Incertezas sobre a oferta na América Latina e o dólar enfraquecido no exterior ajudaram investidores a encontrar oportunidades de compras após as fortes perdas recentes.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou a sessão com ganho de 0,63%, a US$ 4,0390 a libra-peso. Por volta das 14h25 (de Brasília), o cobre para três meses avançava 0,66%, a US$ 8.990,00 por tonelada, na London Metal Exchange (LME).
O movimento global de aperto monetário e os riscos crescentes de uma recessão penalizaram as commodities metálicas nos últimos dias. O cobre negociado na LME, inclusive, chegou a cair ao menor nível em 10 meses, em meio a dúvidas sobre a demanda.
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Hoje, no entanto, o tom de recuperação predominou no setor, em linha com os ganhos firmes observados em Wall Street. O dólar em queda ante rivais tornou mais barato o ativo para detentores de outras moedas, o que ampliou sua atratividade e ajudou a sustentar os preços.
Do lado da oferta, a China pediu que o Peru faça um esforço para resolver um conflito entre indígenas e a mina de cobre Las Bambas, controlada pela estatal chinesa Minmetals. A produção chegou a ficar paralisada por 50 dias.
No Chile, trabalhadores da empresa de mineração Codelco ameaçam entrar em greve após a estatal fechar uma fundição situada na zona industrial de Quintero e Puchuncaví, 140 km a oeste de Santiago. O local é conhecido como a “Chernobyl Chilena”.
Na visão da Capital Economics, a situação pode custar 0,3 ponto porcentual do crescimento econômico trimestral do Chile a cada semana em que os funcionários sigam em greve. A crise também pode impulsionar os preços de cobre temporariamente, acrescenta a consultoria. “Mas ainda esperamos que termine o ano mais baixo, em US$ 8.500 por tonelada na LME”, prevê.
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Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 0,58%, a US$ 2.529,00; a do chumbo perdia 1,50%, a US$ 20.66,50; a do níquel subia 0,27%, a US$ 26.015,00; a do estanho ganhava 0,69%, a US$ 31.180,00; a do zinco aumentava 1,38%, a US$ 3.575,50.
*Com informações da Dow Jones Newswires