Por Ilana Cardial – Os contratos futuros do cobre fecharam no vermelho nesta quarta-feira. Operadores avaliam a alta inflação pelo mundo, com novo dado do Reino Unido, e os impactos de bancos centrais sobre o crescimento econômico global. Até mesmo a greve de mineradores no Chile parece ter ficado em segundo plano, dizem analistas.
Leia também
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho encerrou a sessão com perda de 2,35%, a US$ 3,9440 a libra-peso. Por volta das 14h25 (de Brasília), o cobre para três meses caía 2,03%, a US$ 8.783,00 por tonelada, na London Metal Exchange (LME).
A ONS informou hoje que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) britânico acelerou 9,1% em maio, na comparação anual. Na avaliação do ING, a persistência da inflação pode levar o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) a elevar os juros básicos em 50 pontos-base na reunião de agosto.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O banco holandês também comenta que trabalhadores na Codelco, estatal chilena de mineração do cobre, estão se preparando para uma greve nacional. No entanto, nota que já pela manhã os preços do cobre pareciam estar ignorando amplamente tal desenvolvimento, apesar do potencial impacto expressivo sobre a oferta.
“Claramente, o mercado está mais focado em questões macroeconômicas”, dizem analistas. Economista-chefe para mercados emergentes na Capital Economics, William Jackson afirma que o impacto sobre o preço do metal dependerá do período de duração da greve, mas que pode não ser suficiente para valorizar o cobre dada a demanda global moderada. A previsão é que o cobre encerre o ano a US$ 8.500 por tonelada, nível mais baixo que o atual.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio recuava 0,53%, a US$ 2.516,50; a do chumbo perdia 2,38%, a US$ 2.013,00; a do níquel caía 5,73%, a US$ 24.600,00; a do estanho tombava 6,96%, a US$ 29.010,00; a do zinco tinha baixa de 0,63%, a US$ 3.550,00.