Por André Marinho e Ilana Cardial – O contrato futuro de ouro mais líquido fechou em queda nesta segunda-feira, pressionado pelo fortalecimento do dólar no exterior. As perdas, no entanto, foram limitadas por uma maior demanda por ativos de segurança, diante do quadro global de cautela nos mercados.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para agosto fechou em queda de 0,60%, a US$ 1.731,70 a onça-troy.
Os preços do metal precioso diminuíram à medida que o nervosismo quanto ao risco de recessão nos Estados Unidos continua a fortalecer ainda mais o dólar, afirma o analista da Oanda Edward Moya. Ao mesmo tempo, a preocupação com a inflação mantém algum apoio ao ouro. “O ouro ainda está vulnerável aqui e pode ver a pressão de venda testar o nível de US$ 1.700 por onça-troy, com a área de US$ 1.670 provendo um grande apoio”, diz. Moya ressalta que o ambiente é difícil para avanço do ouro, com fortalecimento do dólar e mercados avaliando se o Federal Reserve (Fed) irá enviar a economia americana para uma recessão.
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A Capital Economics espera que os preços do metal precioso caiam ainda mais. Apesar do recente recuo, na avaliação da consultoria, o preço do ouro ainda está “bem mais alto” do que normalmente estaria tendo em vista sua forte relação inversa com os juros de longo prazo dos TIPS, os títulos atrelados à inflação. A previsão da Capital Economics é que o retorno do TIPS de 10 anos volte a subir no restante do ano e que o ouro termine 2022 a US$ 1.650 por orça-troy.