Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre ficaram sem direção única nesta sexta-feira, após a divulgação de indicadores econômicos na China. As cotações acumularam forte perda semanal, diante de expectativas por aperto monetário agressivo nos Estados Unidos e riscos à economia da China.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro subiu 0,70%, a US$ 3,2340 a libra-peso, mas perdeu 8,17% na semana. Por volta das 14h15 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) recuava 3,01%, a US$ 7.177,00 a tonelada, com tombo semanal de quase 8%.
“Esses temores de crescimento global combinados com a política monetária agressiva dos EUA estão ajudando a impulsionar um aumento no dólar americano. Isso foi particularmente negativo para metais industriais e referências de petróleo nas últimas semanas”, resume o analista Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia,.
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No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês teve expansão anual de 0,4%, bem abaixo do avanço de 0,9% previsto por analistas. Em relação aos três meses anteriores, a segunda maior economia do mundo sofreu contração de 2,6% entre abril e junho. Apenas em junho, a produção industrial chinesa subiu 3,9% na comparação anual, menos do que se estimava. Por outro lado, as vendas no varejo mostraram um inesperado aumento de 3,1% no mesmo período. Para o Julius Baer, a atividade econômica chinesa deve se recuperar nos próximos meses, mas ficará mais vulnerável que durante a retomada da crise de 2020. “Renovados surtos de covid-19 são risco à recuperação e a incerteza quanto a novos potenciais lockdowns pesa sobre a recuperação do setor de serviços e o sentimento do consumo no geral”, avalia.
Os dados impuseram pressão às commodities metálicas, mas o alívio na escalada recente do dólar deu alguma força ao cobre negociado em Nova York hoje. A queda na expectativa de inflação nos Estados Unidos, na leitura preliminar de julho da Universidade de Michigan, abrandou o aperto monetário precificado na curva de juros, o que pesou sobre a divisa americana.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio baixava 0,70%, a US$ 2.342,50; a do chumbo avançava 0,13%, a US$ 1.934,00; a do níquel recuava 7,71%, a US$ 19.380,00; a do estanho perdia 2,67%, a US$ 24.820,00; a do zinco ganhava 0,14%, a US$ 2.938,00.
*Com informações da Dow Jones Newswires