(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu hoje. Em dia de agenda global modesta, o euro e a libra não ficaram muito distantes da estabilidade, com investidores se posicionando para o índice geral de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da quarta-feira nos Estados Unidos.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 135,09 ienes, o euro avançava a US$ 1,0191 e a libra tinha alta a US$ 1,2078. O DXY registrou baixa de 0,17%, a 106,435 pontos.
A Western Union afirmou que o dólar ajustava ganhos recentes motivados pelos indicadores, antes do CPI. No monitoramento do CME Group, no fim desta tarde o desfecho mais provável continuava a ser uma alta de 75 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima decisão, em 21 de setembro, mas a Western Union ponderava que ainda há dados importantes de inflação e do mercado de trabalho para corroborar ou mudar essa visão.
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O BBH, por sua vez, disse que os retornos dos Treasuries mais elevados continuam a apoiar o dólar, apesar do ajuste de hoje. O JPMorgan, por sua vez, comenta que o Fed mais agressivo e as preocupações com a economia global motivaram apreciação “significativa” do dólar nos últimos meses. O banco calcula, em uma base ajustada para o comércio, valorização de 8% do dólar desde o início deste ano. O JPMorgan ainda diz que os emergentes com inflação elevada são os que mais sentem pressão no câmbio.
Na Argentina, o dólar blue recuava a 290 pesos, no câmbio paralelo, no fim da tarde, segundo o jornal Ámbito Financiero. No oficial, o dólar subia a 133,6231 pesos, com investidores monitorando os primeiros passos do “superministro” Sergio Massa, que tenta fazer ajustes na economia argentina e conter a inflação.