(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) – O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, subiu hoje. Além de uma recuperação após perdas recentes, a divisa americana foi apoiada por um indicador melhor que o esperado, enquanto também ganhou fôlego após cinco grandes empresas da China anunciarem que retirarão seus American Depositary Receipts (ADRs) das bolsas de Nova York, por desavenças regulatórias entre EUA e Pequim.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 133,48 ienes, o euro caía a US$ 1,0270 e a libra tinha baixa a US$ 1,2140. O índice DXY subiu 0,51%, a 105,631 pontos, com baixa de 0,93% na comparação semanal.
O índice DXY já subia no início do dia, após acumular perdas por quatro sessões. Ainda pela manhã, o movimento foi acentuado após a notícia da saída dos papéis de cinco grandes empresas chinesas das bolsas de Nova York. O dólar foi também sustentado pela melhora no sentimento do consumidor americano em agosto, na leitura preliminar do dado da Universidade de Michigan, com queda nas expectativas de inflação em 1 ano, mas alta naquelas para o intervalo de 5 anos nessa pesquisa.
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Entre os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Tom Barkin (Richmond) disse hoje que os dados de inflação nesta semana trouxeram sinais positivos de perda de fôlego, mas com os números ainda bem acima da meta do Fed. Com isso, ele reafirmou que deve continuar a haver altas nos juros para conter o quadro.
Ainda no noticiário, a Dow Jones Newswires destacou em reportagem especulação com o iene por fundos de hedge e gestores de ativos. Segundo a agência, isso tem intensificado as flutuações da moeda japonesa, vista em geral como porto seguro em momentos de turbulência.
Entre moedas de países emergentes, o dólar subia a 134,6311 pesos argentinos, no horário citado, no câmbio oficial, com o dólar paralelo em baixa a 295 pesos, segundo o jornal Ámbito Financiero. Após a inflação local acelerar mais nesta semana e o Banco Central da República Argentina (BCRA) subir juros, investidores esperavam novidades nas políticas econômicas do governo local. A agência S&P Global reafirmou hoje o rating da Argentina, em CCC+, e manteve a perspectiva em estável.
O dólar ainda caía a 19,8570 pesos mexicanos. Para a Capital Economics, o Banco Central do México (Banxico) deve reduzir o ritmo do aperto, após elevar a taxa básica nesta semana a 8,50%. A consultoria acredita, porém, que essa taxa terminará o ano em 10%.
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Além disso, o dólar avançava a 62,285 rublos, após a Rússia registrar contração de 4,0% em seu Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, na comparação anual, na leitura oficial divulgada hoje.