(Eduardo Rodrigues e Thaís Barcellos, Estadão Conteúdo) – O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu há pouco que a inflação brasileira segue “bastante alta”, apesar da melhora nos últimos meses.
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“A inflação de administrados está caindo com as medidas do governo, mas serviços estão subindo. Começamos a ver alguns sinais de estabilização em bens industriais. Mas olhamos a inflação mais no longo prazo, não ficamos tão guiados pelo ruído de curto prazo. Entendemos que ouve um mecanismo para redução de inflação e é muito difícil modelar impacto nas cadeias”, afirmou, em evento promovido pelo Instituto Millenium.
O presidente do BC lembrou que mercado mudou expectativa de inflação para 2022, mas não para 2023 e 2024. “É como se tivesse medidas do governo pressionando a inflação para baixo, para os componentes dos anos subsequentes são mais forte que a inércia da queda do ano corrente”, avaliou.
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Para Campos Neto, já é possível ver uma desaceleração nos gargalos de produção de alguns produtos, como semicondutores, além da normalização dos fretes internacionais. “Grande parte dos países ainda tem expectativa de inflação acima da meta em 2023”,