(Gabriel Bueno da Costa, Estadão Conteúdo) — Os contratos futuros de petróleo registraram ganhos, nesta quinta-feira. A commodity recuperou parte das perdas de mais de 5% da sessão anterior, com investidores atentos a sinais da política monetária dos dois lados do Atlântico. No setor, os estoques do óleo nos EUA cresceram bem acima do previsto na última semana.
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O petróleo WTI para outubro fechou em alta de 1,95% (US$ 1,60), em US$ 83,54 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 1,31% (US$ 1,15), a US$ 89,15 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos já subiam no início do dia. Embora riscos à demanda, como de eventual recessão global, sigam no radar, a queda forte de ontem abriu espaço para ganhos. Pela manhã, investidores monitoraram a alta de 75 pontos-base nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE), enquanto o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, reafirmou a postura de agir para conter a inflação nos EUA.
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Na agenda de indicadores, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo dos EUA avançaram 8,845 milhões de barris na última semana, quando analistas previam alta bem menor, de 300 mil. Os estoques de gasolina cresceram 333 mil barris, contrariando a previsão de queda, e a taxa de utilização da capacidade das refinarias caiu, com a produção média diária estável. Após o dado, os contratos do petróleo seguiram oscilando na mesma faixa.
A Capital Economics avaliou em relatório que a alta nos estoques dos EUA, a primeira em quatro semanas, foi fruto de alta nas importações, enquanto as exportações recuaram no período. A consultoria acredita, porém, que os estoques devem “seguir em níveis ainda fracos por algum tempo”, sobretudo pois a liberação de estoques pelo governo deve ser gradualmente reduzida em outubro.