Os contratos futuros de ouro fecharam em alta nesta sexta-feira, corrigindo parte das perdas da véspera, mas não recuperaram a marca de US$ 1,7 mil a onça-troy. Durante a semana, o metal foi fortemente penalizado pela escalada dos juros dos Treasuries e do dólar, em meio à expectativa por uma aperto monetário agressivo nos Estados Unidos.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para dezembro encerrou a sessão com ganho de 0,37%, a US$ 1,6835 a onça-troy, mas perdeu 2,60% na semana.
A inflação ao consumidor mais elevada que o esperado, divulgada na última terça-feira, deflagrou um movimento de busca por dólar e saída de Treasuries. O movimento acompanhou o endurecimento na precificação do arrocho monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que deve subir juros em 75 pontos-base na semana que vem.
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O ouro compete diretamente com dólar e títulos públicos como alternativa de reserva de segurança e, por isso, tende a ser influenciado pelas oscilações desses dois ativos. “Até que a liquidação do mercado de títulos diminua, o ouro está em apuros”, resume o analista Edward Moya, da Oanda.
Nesta manhã, a Universidade de Michigan informou que o índice de sentimento do consumidor no país avançou de 58,2 em agosto a 59,5 na leitura preliminar de setembro, de acordo com leitura preliminar. Já as expectativas de inflação caíram a 4,6% no período de um ano e a 2,8% no horizonte de cinco anos.
Após a divulgação dos dados, os juros dos Treasuries e o dólar perderam força, o que trouxe alívio ao ouro. Apesar disso, o TD Securities não vê perspectivas positivas ao metal precioso. “Embora os preços sejam certamente fracos, a ação dos preços dos metais preciosos ainda pode ter que cair ainda mais, já que o regime restritivo de juros deve durar mais”, diz o banco.