Os rendimentos dos Treasuries subiram nesta quinta-feira, operando nas máximas de vários anos. O mercado ainda digere a decisão monetária do Federal Reserve (Fed) de ontem e acompanha a de diversos outros bancos centrais pelo mundo, incluindo o da Inglaterra. Um leilão pelo Tesouro americano também ficou no radar.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,109%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,696% e o do T-bond de 30 anos avançava a 3,696%. Os juros operam nos maiores níveis desde 2007, 2011 e 2014, respectivamente.
Depois da alta de juros pelo Fed ontem, os bancos centrais da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Suíça, Noruega e África do Sul acompanharam o movimento. Já o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manteve sua política monetária acomodatícia, além do governo local ter decidido intervir no mercado cambial pela primeira vez em 24 anos. Na outra ponta, o BC da Turquia cortou a taxa básica em 1 ponto porcentual.
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A reprecificação inspirada em políticas nas taxas globais se estendeu à medida que as ramificações da nova estimativa terminal do Fed continuam sendo incorporadas às expectativas futuras, diz o BMO Capital Markets. Na avaliação do banco canadense, a raiz das vendas de títulos hoje se mostra pelo fato dos juros da T-note de 10 anos ter atingido 3,7%.
Em relatório, o BMO destaca que os rendimentos reais deram o impulso para as taxas de hoje, com a do título atrelado à inflação (TIPS) de 10 anos tendo atingido o pico de 1,3%. “O impacto sobre a economia real de tal aperto de mercado é difícil de ignorar – com a ressalva de que os movimentos na política monetária têm um atraso de 2 a 3 trimestres em termos de precipitação de pico para a economia real”, observa.
Com reação marginal dos mercados, o Departamento do Tesouro dos EUA informou que um leilão de US$ 15 bilhões em TIPS de 10 anos teve retorno de 1,248%, com demanda acima da média recente, segundo o BMO.
Entre indicadores, destaque para o número de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que subiu em 5 mil na semana passada, abaixo da previsão de analistas.
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