O Banco Central elevou sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1,7% para 2,7%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado há pouco.
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“A surpresa no crescimento do segundo trimestre, os resultados iniciais do terceiro e estímulos não contemplados no RI anterior – notadamente o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil e o arrefecimento da inflação, resultante, em grande medida, da redução de tributos sobre combustíveis, energia e serviços de comunicação – são os principais fatores para a revisão. Esses mesmos fatores indicam nova expansão do PIB no terceiro trimestre, mas em magnitude menor do que a observada nos últimos três trimestres”, avaliou a autoridade monetária.
Pelo lado da oferta, o BC alterou a estimativa para a expansão da agropecuária de avanço de 2,2% para zero, enquanto a revisão para a indústria foi de alta de 1,2% para 2,4%. No caso dos serviços, o BC mudou a previsão de crescimento de 2,1% para 3,4%. Em relação aos componentes da demanda, o RTI informou alteração de 1,7% para 3,9% na expectativa de crescimento do consumo das famílias e de 1,8% para 0,7% previsão de alta do consumo do governo.
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O documento de hoje indica ainda que a projeção para 2022 da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia – passou de queda de 2,7% para retração de 0,4%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em junho.
“Após quatro trimestres de variações negativas ou próximas à estabilidade, a FBCF apresentou crescimento elevado, maior do que o previsto, no segundo trimestre. Esta recuperação repercutiu altas na produção e na importação de bens de capital, após recuos no primeiro trimestre, e desempenho favorável na construção civil”, comentou o BC.
2023
No RTI, o BC também divulgou pela primeira vez suas projeções para o PIB do ano que vem. A expectativa é de crescimento de 1,0%, “com arrefecimento na demanda interna e nos componentes mais cíclicos da oferta, sob influência da esperada desaceleração global e dos impactos cumulativos da política monetária doméstica”.
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Pelo lado da oferta, o BC prevê expansão de 7,5% da agropecuária; enquanto, para a indústria, a projeção é de avanço de 0,4%. No caso dos serviços, a autoridade monetária estima crescimento de 0,6%.
Já entre os componentes da demanda, o BC projeta alta de 0,7% para o consumo das famílias e aumento de 1,00% no consumo do governo. A FBCF deve cair 0,5% nas contas da autarquia.
No Boletim Focus, a mediana é de crescimento de 2,67% para o PIB deste ano e de 0,50% no próximo.