Os contratos futuros de cobre fecharam em leve baixa hoje, após avançarem na sessão de ontem, em grande parte impulsionados pela notícia de que a London Metal Exchange (LME) poderia deixar de negociar metais russos. Analistas, por sua vez, avaliam que, com as perspectivas para a economia global, os ganhos não devem durar. Ainda hoje, investidores avaliaram a publicação de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês), em especial da indústria da China.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro recuou 0,16%, a US$ 3,4125 por libra-peso. No acumulado da semana, a alta foi de 2,07%. Na London Metal Exchange (LME), por volta de 14h44 (de Brasília), o cobre para três meses marcava baixa diária de 0,19% e alta semanal de 0,78%, a US$ 7.500,50 por tonelada.
Segundo o Julius Baer, houve um aumento repentino nos preços dos metais industriais ontem, pois a LME estava reconsiderando a elegibilidade dos suprimentos russos. De acordo com uma declaração posterior da LME, no momento a bolsa está apenas considerando uma consulta sobre se o metal russo ainda deve ser elegível ou não. Desta forma, “em meio aos crescentes riscos de recessão e a um clima de mercado cada vez mais baixista, os preços caíram nas últimas semanas”, e ontem não sinaliza o ponto de partida de um rali mais duradouro, avalia o banco suíço.
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Já o PMI industrial da China recuou de 49,5 em agosto a 48,1 em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo Caixin com a S&P Global. O número marca o segundo mês consecutivo de redução. O resultado contraria a estimativa oficial do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país, que mostrou avanço a 50,1 neste mês. Para a Capital Economics, a média dos PMIs caiu, com particular fraqueza nos pedidos de exportação. “Nossa visão é que a economia da China permanecerá fraca em 2023, e suspeitamos que a maioria dos preços dos metais cairá um pouco mais (5-10%) este ano”, projeta.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio caía 3,45%, a US$ 2.155,00; a do chumbo tinha alta de 0,97%, a US$ 1.883,00, a do níquel recuava 4,77%, a US$ 21.340,00; a do estanho avançava 0,20%, a US$ 20550,00; e a do zinco tinha ganhos de 1,04%, a US$ 2.969,50.