Os rendimentos dos Treasuries subiram nesta quarta-feira, após indicadores do mercado de trabalho e do setor de serviços dos Estados Unidos indicarem que o Federal Reserve (Fed) pode não arrefecer em seu aperto monetário. Além disso, dirigentes do BC americano seguem com comentários agressivos.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,137%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,755% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,760%.
O índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA recuou a 56,7 em setembro, na leitura final, mas ficou acima da previsão de 56,0. Ademais, o setor privado americano criou 208 mil empregos em setembro, segundo pesquisa da ADP, superando a expectativa de 200 mil postos de trabalho.
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“A combinação de duas leituras sólidas sobre a atividade econômica e as contratações em setembro elevou os rendimentos, já que os investidores voltaram a antecipar a ação agressiva do Fed em andamento ao longo do ano”, analisa o BMO. “Os investidores estão, sem dúvida, atentos a qualquer coisa que reforce as crescentes preocupações de que uma política monetária mais restritiva esteja começando a impactar a economia real. É com esse pano de fundo que os dados de hoje ofereceram evidências de que o crescimento durante o terceiro trimestre permaneceu em bases razoáveis”, completa.
Mantendo o tom hawkish dos últimos dias, a presidente do BC americano de São Francisco, Mary Daly, reafirmou hoje que a instituição tem como foco central neste momento controlar a inflação. Dessa forma, segundo ela, o Fed deve elevar mais os juros, a fim de conter o quadro.