O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza, disse há pouco que a tendência de emissão de títulos privados de sustentabilidade deve continuar nos próximos anos. “O mercado de finanças sustentáveis está no começo, mas é bem promissor”, avaliou.
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O Relatório de Economia Bancária (REB) de 2021 trouxe um boxe as “emissões de títulos relacionados à sustentabilidade por empresas brasileiras no mercado internacional e doméstico”.
O documento aponta que as os Green, Social, Sustainability Bonds (GSS) dominavam as emissões no mercado externo até 2020, sendo superados pelos Sustainability-Linked Bonds (SLBs) no ano passado. No primeiro tipo de título, os recursos estão diretamente ligados a projetos sustentáveis, enquanto no segundo tipo o dinheiro não está “carimbado”, mas está ligado a metas ESG que devem ser atendidas pelos tomadores.
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O volume financeiro global de emissões sustentáveis chegou a US$ 1,6 trilhão no biênio 2020-2021, quase o dobro de todo o fluxo entre 2015 e 2019. Os papéis brasileiros representaram apenas cerca de US$ 20 bilhões no período, mas quase o triplo do verificado entre 2015 e 2019. O BC destaca que as emissões brasileiras de títulos sustentáveis representam pouco mais de 1% das emissões globais, sendo que o Brasil é o segundo maior emissor da América Latina, atrás somente do Chile.