Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta sexta-feira (21). A commodity chegou a cair no início do dia, mas passou ao território positivo apoiada por notícias do setor e pelo recuo do dólar.
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O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,64% (US$ 0,54), em US$ 85,05 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,21% (US$ 1,12), a US$ 93,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI recuou 0,65% e o Brent teve alta de 2,04%.
O sinal era negativo no início da jornada, com temores diante do aperto monetário promovido por grandes bancos centrais globais e a desaceleração econômica, que pesa na demanda. Mais adiante, porém, o humor melhorou. No câmbio, o dólar recuou, o que torna a commodity, cotada na divisa americana, mais barata para os detentores de outras moedas. Na avaliação da Oanda, os contratos eram apoiados também pela expectativa de que o aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não sufocará a economia, em quadro também de mais riscos de sanções contra Rússia e Irã.
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Além disso, a Arábia Saudita reportou que o país e a China pretendem cooperar para manter a estabilidade do mercado de petróleo. Já na Europa, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou a retirada do país do Tratado da Carta de Energia, um esforço multilateral ligado ao setor. Segundo a imprensa francesa, Macron disse que a saída do pacto é coerente com o fato de que Paris pretende atingir suas metas na luta contra o aquecimento global.
Nos EUA, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade no país subiu 2 na semana, a 612. Já o governo dos EUA afirmou, em comunicado do Tesouro, que continuava a tentar impor um teto para o preço do petróleo russo. Washington argumenta que poderá assim limitar a receita usada por Moscou para a guerra na Ucrânia, mas sem causar problemas no mercado.
Apesar dos ganhos de hoje, o TD Securities destacava riscos à frente. Em relatório a clientes, o banco menciona o risco de recessão global, que se não chega a “matar a demanda”, tende a reduzir o ritmo de seu crescimento. Ao mesmo tempo, o TD lembra que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) corta a oferta, em quadro de estoques baixos, o que para o banco deixa o mundo com pouca proteção contra choques na oferta.