O cobre iniciou a semana em queda nesta segunda-feira (24), de olho em dados sobre a economia da China, cuja divulgação ocorreu no fim da noite de ontem, após ter sido atrasada por conta do 20° Congresso do Partido Comunista, que terminou neste fim de semana. A falta de perspectiva acerca de estímulos econômicos novos após o evento também reduziu a demanda pelas commodities metálicas no mercado futuro.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro fechou em baixa de 1,27%, a US$ 3,4305 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses reduzia 1,13%, a US$ 7.564,00, por volta de 14h30 (de Brasília).
A China divulgou uma série de importantes indicadores sobre a economia local, dentre eles o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que subiu 3,9% na comparação anual e veio acima do esperado. Já a produção industrial acelerou em setembro, à alta anual de 6,2%, enquanto as vendas no varejo decepcionaram com ganho abaixo do estimado. Exportações e importações também vieram em volume menor que nas leituras anteriores, enquanto vendas de moradias sofreram um tombo de quase 30% no acumulado de janeiro a setembro – com recuo forte também do preço dos imóveis.
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Importante para o setor imobiliário chinês, o cobre esteve entre as principais perdas entre metais básicos hoje. O TD Securities cita ainda que o mercado ficou decepcionado com os desenvolvimentos do Congresso do Partido Comunista, que terminou sem grandes novos anúncios de estímulo econômico e com Pequim reforçando defesa à política de covid-zero. “Isso ressalta os obstáculos contínuos para que os preços dos metais básicos subam, à medida que as perspectivas macroeconômicas se deterioram no Ocidente e o consumo chinês permanece limitado por um setor imobiliário sitiado e repetidos bloqueios”, diz o banco canadense.
O ANZ, no entanto, acredita que os estímulos já anunciados serão suficientes para apoiar a demanda do gigante asiático no futuro. O banco neozelandês destaca que as importações de cobre cresceram “fortemente” diante de uma perspectiva melhor para o setor de energia local.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio recuava 1,85%, a US$ 2.177,50; a do chumbo cedia 0,39%, a US$ 1.895,50; a do níquel baixava 0,18%, a US$ 22.150,00; a do estanho tinha queda de 0,24%, a US$ 18.505,00. Exceção, a do zinco avançava 0,58%, a US$ 2.963,50.