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Juros: taxas caem com expectativas sobre transição de governo

A taxa do contrato de DI para janeiro de 2024 fechou em 12,915%, de 12,963% no ajuste de sexta-feira

Juros: taxas caem com expectativas sobre transição de governo
(Fonte: Pixabay)

Os juros futuros fecharam a última sessão de outubro em queda, mais pronunciada nos vértices longos. As taxas estiveram em alta em alta pela manhã desta segunda-feira (31), mas ainda na primeira etapa a pressão se dissipou e passaram a cair, com mínimas à tarde. O ajuste à confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial, que na visão dos agentes trazia risco à agenda liberal, durou pouco tempo, na medida em que informações ao longo do dia sugeriam uma transição civilizada, com menor probabilidade de contestação do resultado. Em especial, o mercado se animou com a informação de que o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), pode assumir o processo, o que elevaria as chances de um nome amigável ao mercado para comandar a equipe econômica.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 12,915%, de 12,963% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2025 caiu de 11,81% para 11,70%. O DI para janeiro de 2027 encerrou na mínima de 11,49%, de 11,64% no ajuste anterior. No mês, a curva perdeu inclinação, com as taxas curtas em alta e as longas, com viés de baixa.

A abertura dos negócios foi pautada por estresse, como esperado, uma vez que o “cenário Lula” estava apenas parcialmente precificado, a paralisação de caminhoneiros sugerindo tumulto no pós-eleição e o risco de questionamento de resultado alimentado pelo silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Até o fim da tarde, o mandatário ainda não tinha se pronunciado oficialmente, mas teria dito a ministros que não vai questionar o resultado das urnas.

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Os receios de contestação, porém, já vinham sendo de certa forma mitigados pelas declarações dos líderes do Congresso, autoridades e instituições ainda ontem e, nesta tarde, as Forças Armadas garantiram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, seja qual for a postura do presidente, não partirá dos generais qualquer resistência à diplomação e posse de Lula.

“Com isso a possibilidade de contestação fica bem desidratada”, afirmou o economista-chefe do Banco Modal, Felipe Sichel. Ele avaliou ainda que a margem de diferença muito apertada – cerca de 2 milhões de votos – na disputa entre Lula e Bolsonaro reforça a necessidade de negociação com o Congresso, o que contribuiu para o alívio dos prêmios de risco. “Não é uma carta branca”, disse.

Outro fator que ajudou a distensionar os mercados é a perspectiva de que Alckmin seja o condutor do processo de transição. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que coordenou a campanha de Lula, o vice-presidente eleito e o coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante (PT), são cotados. “Se for Alckmin, a sinalização é de um nome para a Fazenda mais amistoso para o mercado, como Henrique Meirelles, Pérsio Arida ou Marcos Lisboa, que passam credibilidade e por si só já indicam qual seria a linha da política econômica“, afirmou Sichel.

Para os economistas do Citi, contudo, a eleição não deve ser o principal condutor para as taxas, mas sim a política monetária do Banco Central e o mercado global seriam os fatores-chave. “O Brasil mantém-se como um dos poucos mercados que reúne os critérios para posições aplicadas: inflação já atingiu o pico e o BC provavelmente já fechou seu ciclo de alta de juros”, avaliam.

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