A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) vai certificar as empresas do setor que estiverem em conformidade com a autorregulação da entidade. O selo ABCripto de adesão voluntária será distribuído a partir de 2023 e o processo será conduzido em parceria com Deloitte, KPMG e Caputo, Bastos e Serra Advogados.
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Atualmente a autorregulação da entidade aborda a conduta de prevenção à lavagem de dinheiro. Em 2023, temas como governança, compliance, operações e cibersegurança também entrarão no conjunto de regras. A metodologia de avaliação vai ser ponderada em relação ao tamanho das empresas que se candidatarem ao selo, explica o diretor da ABCripto, Bernardo Srur.
A associação planeja também criar um conselho consultivo no ano que vem, além de um comitê de supervisão e autorregulação. Fabio Lacerda, sócio da KPMG, aponta que a entrada da ABCripto na supervisão do mercado é uma ação de proteção do ecossistema. “Além disso, as regras também garantem que as empresas possam crescer com segurança”, afirmou em painel promovido pela ABCripto. “Falar de gerenciamento de riscos, compliance etc são formas de o regulador te ajudar a ir mais longe.”
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Lacerda, que trabalhou por 28 anos no Banco Central, destaca que a autorregulação é bem-vinda pelos reguladores estatais. “Com supervisão e sanções, mínimas que sejam, a autorregulação preenche lacunas para o órgão regulador”, diz.