O economista da ASA Investments Leonardo Costa projeta alta entre 0,50% e 0,60% para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) de novembro, após avanço de 0,59% em outubro. A leitura, de acordo com o economista, deve sofrer influência dos descontos da Black Friday. Por outro lado, é esperada também aceleração de alimentos, que pode compensar o alívio.
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O índice será o primeiro a pegar os efeitos da Black Friday que não foram computados pelo IPCA-15 do mês, com alta de 0,53%, ante 0,16% em outubro. A aceleração registrada no período, de acordo com Costa, era amplamente esperada e ocorreu principalmente devido a combustíveis, que na última leitura ainda estavam sob influência dos cortes da Petrobras nas refinarias.
“Os alimentos também vieram um pouco mais elevados, com pressão dos in natura e deflação menor da carne”, acrescenta o economista.
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Para o IPCA-15 de dezembro, Costa projeta uma nova aceleração, desta vez a 0,73%. “O destaque é a saída esperada da deflação de passagens aéreas, que caíram 9,48% em novembro. Além de questões sazonais.”
A projeção da ASA é de alta de 6,0% para o IPCA em 2022 e 5,0% em 2023. A projeção para 2023 tem viés de alta. “Estamos sentindo que pode ocorrer uma volta dos impostos sobre combustíveis, PIS/Cofins ou mesmo o ICMS.”
Sobre possíveis reajustes da Petrobras sobre a gasolina, Costa afirma que não os vê ocorrendo no momento, mas que se fossem ocorrer, seria um movimento de corte. “A defasagem diminuiu recentemente, a queda lá fora mais do que compensou a desvalorização do real.”