Banco Inter (BIDI11): banco vê Ibovespa a 118 mil pontos em 2023
O Inter sugere que as perspectivas de desaceleração da inflação, mas seguindo em níveis elevados, devem beneficiar companhias com receitas atreladas ao IPCA e ao IGP-M
Ferramenta Investcash está disponível no app do banco Inter | Foto: Brenda Rocha - Blossom/Shutterstock
A expectativa do Banco Inter de um cenário mais restritivo em 2023 em relação ao que se esperava antes – e ainda com impacto de um externo recessivo – pode limitar a contribuição das commodities na economia doméstica. Neste sentido, a instituição vê o Ibovespa alcançando 118 mil pontos no ano que vem.
A instituição avalia que o índice Bovespa continua sustentado pelo desconto frente ao potencial de lucratividade das empresas para 2023, situação na qual vê o múltiplo “justo” sendo negociado a 7,2 vezes podendo retornar à média de oito vezes, gerando um ‘upside’ de 12%, a 118.000 pontos para 2023.
“Corroboramos também com a perspectiva de earnings yield das companhias (Lucro/Preço) para 2023, que mostra uma taxa média de 11,4%, corroborando nosso target”, cita em relatório.
O banco lembra que 2022 foi um ano de reajuste de expectativas. Cita que, enquanto o lucro das empresas, mesmo que robusto, foi sendo reajustado, o Ibovespa foi precificando incertezas globais e domésticas com inflação elevada no exterior, recessão global e cenário fiscal incerto no Brasil para o ano que vem.
“Se antes descolada dos pares internacionais que ainda lidam com ciclo de aperto monetário e inflação em patamares historicamente altos, agora a bolsa brasileira descola mais uma vez, na contramão da recuperação observada nas últimas semanas das bolsas lá fora”, informa a nota.
Oportunidades
O Inter sugere que as perspectivas de desaceleração da inflação, mas seguindo em níveis elevados, devem beneficiar companhias com receitas atreladas ao IPCA e ao IGP-M, como é o caso de algumas elétricas.
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Já a expectativa de juros elevados tendem a contribuir para o spread bancário e impulsionar receitas financeiras dos bancos e das seguradoras, “mas a inadimplência e menor apetite por crédito por parte das instituições financeiras podem limitar os avanços nos resultados.”
Em contrapartida, o Banco Inter, no ramo de seguros, vê normalização das operações e da sinistralidade influenciando positivamente para os resultados, junto com receitas financeiras maiores.
No segmento de varejo, a nota cita que o setor alimentício deve se sobrepor aos demais, com renovação dos benefícios sociais. “Dentre as commodities, apostamos na continuidade do bom momento do setor agrícola, bastante resiliente, mesmo em momentos de desaceleração global, e o setor de Papel e Celulose, ainda favorecido pelos choques de oferta no continente europeu”, estima.