A Cemig foi a vencedora da disputa pelo lote 1 do leilão de transmissão nº 2/2022, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que se realizou nesta sexta-feira (16) na B3, em São Paulo.
O grupo ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 16,996 milhões para construir e operar o empreendimento, o que corresponde a um deságio de 48,05% em relação ao valor máximo estabelecido no edital de R$ 32,716 milhões. Pelas regras do leilão, vence o empreendedor que oferecer a menor RAP para construir e operar os empreendimentos de transmissão.
Na disputa pelo lote 1, outras cinco empresas e consórcios se habilitaram para a disputa: a Engie ofereceu lance com deságio de 19,92%, a Empresa Transmissora Agreste Potiguar S.A (ETAP) fez lance desconto de 37,03%, o Consórcio Verde, da Cymi, ofertou RAP 13,4% menor que a máxima estabelecida em edital e a Cteep ofereceu deságio de 21,45%. A Taesa se habilitou mas não apresentou lance.
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O lote 1 é composto pela linha de transmissão em 230 kV Governador Valadares 6 – Verona, com 165 quilômetros (km) de extensão, entre Minas Gerais e Espírito Santo. O investimento está estimado em R$ 199,136 milhões e o prazo para a entrega do projeto é de 60 meses, com isso a entrada em operação é prevista para 30 de março de 2028. O objetivo do empreendimento é o atendimento à região norte do Estado do Espírito Santo.
EDP
A EDP Energias do Brasil venceu a disputa pelo lote 2 do leilão de transmissão nº 2/2022. O grupo ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 24,908 milhões para construir e operar o empreendimento, o que corresponde a um deságio de 45,10% em relação ao valor máximo estabelecido no edital de R$ 45,369 milhões. Pelas regras do leilão, vence o empreendedor que oferecer a menor RAP para construir e operar os empreendimentos de transmissão.
Também apresentaram lances pelo lote 2 outras quatro empresas e consórcios: Eletronorte (oferta com deságio de 25,94%); Engie (-38,5%), Aridan Concessões Ltda (-17,50%) e o Consórcio Olympus XIV, que fez lance sem deságio. Taesa estava habilitada mas não fez oferta após ter garantido outros dois lotes.
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O lote 2 é composto pela linha de transmissão em 230 kV Porto Velho – Abunã, com 188 quilômetros (km) de extensão, em Rondônia. O investimento está estimado em R$ 279,57 milhões e o prazo para a entrega do projeto é de 60 meses, com isso a entrada em operação é prevista para 30 de março de 2028. O objetivo do empreendimento é aumentar a confiabilidade no atendimento ao estado do Acre.
Taesa
Após 34 lances em 17 rodadas de disputa viva-voz, a Taesa venceu a disputa pelo lote 3 do leilão de transmissão nº 2/2022. A companhia ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 91,38 milhões para construir e operar o empreendimento, o que corresponde a um deságio de 47,97% em relação ao valor máximo estabelecido no edital de R$ 175,522 milhões. Com esse lance, superou a Celeo Redes, que chegou a oferecer desconto de 47,88%. Pelas regras do leilão, vence o empreendedor que oferecer a menor RAP para construir e operar os empreendimentos de transmissão.
Um total de 11 empresas ou consórcios se habilitaram para disputar o lote 3 e oito delas efetivamente apresentaram proposta. Além de Taesa e Celeo, também apresentaram lances pelo lote 3: Cobra Brasil (com proposta com deságio de 35%), EDP (-38,52%); Engie (-40,52%); Sterlite (-25,8%); Consórcio Olympus XIV, de Alupar e Perfin, (-28,04%); Consórcio Verde, de Cymi Construções (-39,49%). Energisa, Equatorial e Eletronorte se habilitam mas não apresentaram lances.
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O lote 3 é um dos maiores lotes ofertados no leilão realizado hoje, com obras que exigirão investimento estimado em R$ 1,117 bilhão. É composto por ativos localizados entre o Pará e o Maranhão, como as subestações Açailândia, Santa Luzia III, Dom Eliseu II, Encruzo Novo, e as linhas de transmissão em 230 kV Encruzo Novo – Santa Luzia III, com 207 quilômetros (km) de extensão e Açailândia – Dom Eliseu II, com 71,5 km, além do trecho em 500 kV entre a subestação Santa Luzia III e a linha Açailândia – Miranda II.
O prazo para a entrega do projeto é de 60 meses, com isso a entrada em operação é prevista para 30 de março de 2028. O objetivo dos empreendimentos é o suprimento às regiões de Açailândia, Buriticupu, Vitorino Freire (MA), Dom Eliseu (PA) e a região Noroeste do Estado do Maranhão.
UTE
A Usina Termelétrica (UTE) Norte Fluminense S.A, da francesa EDF, conquistou o lote 4 do leilão de transmissão nº 2/2022,. Este foi o último lote leiloado, dos seis ofertados no certame.
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A geradora ofereceu uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 18,351 milhões para construir e operar o empreendimento, o que corresponde a um deságio de 50,73% em relação ao valor máximo estabelecido no edital de R$ 37,248 milhões. Pelas regras do leilão, vence o empreendedor que oferecer a menor RAP para construir e operar os empreendimentos de transmissão.
Também apresentaram lances pelo lote 4 outras seis empresas e consórcios: Furnas, que ofereceu deságio de 37,58%; Engie (-42,01%); Consórcio Olympus, da Alupar, com deságio de 17,58%, Consórcio Verde, da Cymi (-29,75%); Companhia Celg De Participações (Celgpar), com deságio de -39,26% e Isa Cteep (-46,83%).
O lote 4 é composto pela subestação Porto do Açu e por trechos de linhas de transmissão em 345 kV entre a subestação Porto do Açu e a linha de transmissão Campos – UTE GNA I, somando 300 quilômetros de extensão. O investimento nos empreendimentos, localizados no Rio de Janeiro, são estimados em R$ 238,7 milhões, e o prazo para a entrega das obras é de 42 meses, com isso a entrada em operação é prevista para 30 de setembro de 2026. O objetivo dos empreendimentos é o atendimento ao Complexo Porto do Açu e Santo Amaro, no Rio de Janeiro.