O contrato mais líquido do ouro fechou nesta sexta-feira (16) em alta, com expectativas de um crescimento lento da economia global em 2023 e com as expectativas para as próximas decisões da política monetária do Federal Reserve (Fed) no radar.
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para fevereiro fechou em alta de 0,69%, a US$ 1.800,20 por onça-troy. Na semana, entretanto, a commodity apresentou queda de 0,57%.
Apesar de ter diminuído o ritmo de alta de juros, o Fed indicou estar preparado para fazer o necessário para combater à inflação. Mais cedo, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, afirmou que o BC americano está longe do seu objetivo de estabilidade de preços.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Segundo o ANZ, essa política monetária mais rígida e inflação alta, que devem levar a um crescimento econômico global mais lento em 2023, levarão o preço do ouro para cima. Ainda, qualquer depreciação do dólar americano também poderá aumentar a demanda pelo metal precioso. Já o Commerzbank destaca que a previsão é de que o ouro possa “brilhar novamente” em 2023. Segundo relatório, o ano foi agitado para a commodity, deixando-a menos atraente, apesar de que este mês ele esteja quase de volta ao nível do início do ano.
Entretanto, mesmo com a queda na inflação, é provável que as taxas permaneçam acima das metas dos BCs mundiais, defendendo uma demanda robusta pelo metal precioso. “Deve-se ter em mente que o ouro perdeu muito menos este ano do que ações, títulos ou criptomoedas. Os investidores puderam, portanto, proteger a maior parte de seu capital com ouro neste ano desafiador”.
Para o banco alemão, assim que o Fed para de aumentar as taxas de juros, o preço do ouro deve subir novamente. “Este deve ser o caso no segundo semestre do próximo ano, porque até lá a inflação terá caído bastante e a economia dos EUA estará em recessão desde o início do ano. O preço do ouro também deve ser suportado pelo enfraquecimento do dólar americano”.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Publicidade