A Natura comunicou há pouco que sua controlada nos Estados Unidos, a “Avon Products, Inc”, foi considerada culpada em um processo que acusava a marca de vender produtos contaminados com amianto, que contribuíram para o desenvolvimento de um mesotelioma, câncer na membrana que cobre o interior das paredes torácica e abdominal, em uma cliente.
Além da Avon, havia outros 29 réus no processo, mas nem todos foram condenados. A empresa terá de pagar US$ 36 milhões em danos compensatórios e US$ 10,3 milhões em danos punitivos.
Segundo o comunicado da Natura, Rita-Ann Chapman e seu marido, Gary Chapman, alegaram que, apesar da Avon nunca ter usado amianto em suas fórmulas de produtos, certos produtos em pó teriam sido contaminados com amianto durante processo de formação e mineração do talco que estava presente nessa mercadorias. Assim, o uso desses produtos teria contribuído para o desenvolvimento do câncer de Rita-Ann.
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Ainda segundo o comunicado, a Avon parou de vender todos os produtos nos EUA em 2016. O julgamento foi realizado em duas fases e a Avon foi incluída como réu em fevereiro de 2022. O processo de danos pessoais foi movido em Los Angeles, na Califórnia.
“Os produtos da API (Avon Products, Inc) passam por rigorosa avaliação de segurança para uso do consumidor. A API acredita ter fortes fundamentos para tentar anular o veredicto neste caso e buscará, de forma imediata, todas as medidas disponíveis para sua defesa e, se necessário, ingressará com recurso de apelação. Entre outras possíveis bases para os recursos, a API acredita que o tribunal excluiu indevidamente todas suas testemunhas factuais no julgamento e errou ao negar os pedidos de anulação do julgamento”, afirma a Natura em documento assinado pelo diretor-executivo financeiro da companhia, Guilherme Castellan.