Os rendimentos dos Treasuries avançaram hoje, em uma sessão com investidores cautelosos, com o aperto monetário do Federal Reserve (Fed) podendo contribuir para um cenário recessivo, o que pressionou ativos de risco ao longo do dia. Além disso, juros de títulos públicos de outras economias avançaram, caso dos Gilts no Reino Unido, o que também deu impulso aos rendimentos dos EUA.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subiam a 4,240%, enquanto o da T-note de 10 anos avançavam a 3,588% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,635%.
Segundo análise do BMO, é um “começo lento para o que promete ser uma semana lenta no mercado dos Treasuries”. Segundo o relatório enviado a clientes, não há muito a oferecer que mude a narrativa predominante, com o Fed permanecendo rígido no aumento dos juros, “com outros 75 pb programados antes de atingir a taxa terminal”.
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Ainda, o relatório destaca que a série de altas de 50 pontos-base (pb) por bancos centrais na semana passada foi acompanhada de um grau adequado de apreensão quanto à magnitude do potencial impacto sobre a economia real. “Essa mudança de sentimento se refletiu na recuperação definitiva dos Treasuries de 10 anos, que colocaram a taxa de referência a uma distância impressionante do nível de 3,40%”.
Para a Capital Economics, os investidores ainda estão muito otimistas. “Afinal, embora os spreads de crédito tenham aumentado, eles permanecem consistentes com um crescimento econômico bastante robusto”, avalia. E mesmo que um pivô mais rápido/inclinado na postura do Federal Reserve (Fed) fosse descontado, provavelmente seria em meio a temores de uma recessão – em tal ambiente, pensamos que um aumento nos prêmios de risco de ações compensaria qualquer queda nas taxas “sem risco”, avalia. Portanto, até que uma perspectiva econômica mais fraca seja suficientemente descontada, esperamos que os ativos de risco sofram e os vistos como seguros se valorizem, afirma.