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- O banco reconhece que errou ao não rebaixar antes o Magazine Luiza para a recomendação Neutra, como fez com suas pares Via e Americanas
- Assaí continua sendo a principal indicação dos analistas, que destacam, entre outros nomes brasileiros, Renner, Soma e Mercado Livre
- Além disso, o Santander reitera suas classificações Neutras em Natura e CVC, e também rebaixa a Espaço Laser para Neutro, com preço alvo de R$ 1,4
Embora o Santander considere que os problemas macroeconômicos na região da América Latina continuem sendo o principal obstáculo para investimentos em empresas de varejo, os analistas do banco acreditam que o baixo desempenho do setor na bolsa criou pontos de entrada atraentes para investidores que procuram exposição ao consumo doméstico. Assaí continua sendo a principal indicação dos analistas, que destacam, entre outros nomes brasileiros, Renner, Soma e Mercado Livre. Magazine Luiza e Espaçolaser, porém, foram rebaixadas para recomendação Neutra.
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“Vemos o múltiplo do Assaí como barato, considerando nossa taxa de crescimento anual composta projetada para 3 anos de, aproximadamente, 30%. Além disso, acreditamos que o recente acompanhamento da empresa, juntamente com as recentes alterações estatutárias devem ser vistos como passos positivos e decisivos para reduzir o risco das ações por preocupações de governança. Ausente de desconto de governança, acreditamos que o mercado poderia eventualmente precificar Assaí em um múltiplo P/L na faixa de 20-25 vezes, o que colocaria a ação para negociar mais em linha com avaliação de pares de alto perfil de crescimento de lucro por ação”, escreve Ruben Couto.
Ele ressalta o perfil atraente da Renner pela sua composição de resultados no médio prazo e seu preço descontado, bem como os papéis da Soma que também têm precificação barata. “Por último, nós estamos adicionando o Mercado Livre aos nossos nomes preferidos, já que os lançamentos recentes da empresa (por exemplo, Mercado Ads e Crédito) aumentaram nosso otimismo sobre sua perspectiva de margem de longo prazo. Além disso, algumas dissociações dos mercados de ações do Brasil podem ser um catalisador importante para o desempenho superior”, escreve o analista.
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O banco ainda reconhece que errou ao não rebaixar antes o Magazine Luiza para a recomendação Neutra, como fez com suas pares Via e Americanas. “Nós esperávamos que assim que o ciclo de aperto monetário do Brasil terminasse e o ciclo de flexibilização se tornasse mais aparente, o mercado voltaria a valorizar o alto crescimento/tecnologia de empresas como o Magazine Luiza por meio de múltiplos de receita. No entanto, estávamos errados”, diz o relatório.
“Ao nosso ver, o maior risco para nossa tese de investimento está relacionado à execução vinculada ao desenvolvimento da plataforma 3P (marketplace) e à otimização de sua capacidades de distribuição (que ainda estão atrás do Mercado Livre)”, complementa o banco sobre o Magazine Luiza. O preço alvo da varejista ficou em R$ 2,8.
Além disso, o Santander reitera suas classificações Neutras em Natura e CVC, e também rebaixa a Espaço Laser para Neutro, com preço alvo de R$ 1,4, justificando que a companhia passa por um processo de reestruturação (turnaround) intenso, embora esteja altamente alavancada, “uma combinação longe de ser atraente em meio a fundamentos macroeconômicos fracos”, na visão do banco.