A Fitch, agência de classificação de risco de crédito, rebaixou os Ratings de Inadimplência do Emissor (IDRs) de longo prazo em moedas estrangeira e local da Azul (AZUL4) de “CCC+-” para “CCC-” na quinta-feira (9). O rating de crédito nacional foi de “B(bra)” para “CCC(bra)”. Isso significa que a empresa agora apresenta um risco de crédito substancial.
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A modificação ocorreu por conta das pressões no fluxo de caixa operacional da companhia e da deterioração de sua liquidez, além dos altos riscos de refinanciamento. O caso da Americanas (AMER3) também foi levado em consideração, já que as restrições estão mais acentuadas no mercado de crédito local, após a varejista iniciar um processo de recuperação judicial com uma dívida na ordem de R$ 47,9 bilhões.
Na semana passada, a agência já havia citado o caso da Americanas ao rebaixar as notas da Light e de suas subsidiárias Light Sesa e Light Energia. Com o rombo contábil da varejista, muitos credores do mercado sofreram grandes perdas materiais.
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De acordo com a Fitch, um fator que poderia elevar a nota de crédito da Azul seria uma eventual melhoria significativa do perfil de amortização da dívida da empresa, com redução dos riscos de refinanciamento.
Se a empresa continuar a ter dificuldades para manter o acesso a linhas de crédito ou para refinanciar suas dívidas com vencimento em 2024, ela pode sofrer uma nova diminuição em sua nota. Abaixo de “CCC”, estão apenas o rating “CC”, (risco de crédito muito alto), “C” (risco de crédito excepcionalmente alto) e o “D”, associado a default (calote)
Às 15h47 desta tarde, as ações da Azul tombam 8,82% cotadas a R$ 8,68, oscilando entre mínima a R$ 8,36 e máxima a R$ 9,75.