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Cobre fecha em queda, com expectativa de maior aperto monetário por BCs

A perspectiva de maior alta nos juros também fortaleceu o dólar, prejudicando a atratividade do cobre

Cobre fecha em queda, com expectativa de maior aperto monetário por BCs
Cabos de cobre curvos de gordura dobrados. Foto: Envato Elemets

Os contratos futuros do cobre fecharam em queda nesta quinta-feira, refletindo cautela dos investidores frente à expectativa de maior aperto monetário pelos bancos centrais do Federal Reserve (Fed) e Banco Central Europeu (BCE), o que poderia prejudicar a demanda pelo metal. A perspectiva de maior alta nos juros também fortaleceu o dólar, prejudicando a atratividade do cobre.

O cobre para maio fechou em queda de 2,02%, em US$ 4,0760 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Às 15h20 (de Brasília), o cobre para três meses caía 2,21%, a US$ 8.926,50 a tonelada, na London Metal Exchange (LME).

Segundo a ANZ Research, o cobre está sob o risco de uma correção de preços antes de um aumento sustentado no segundo semestre de 2023. A ANZ aponta que as perspectivas de demanda chinesa e problemas de oferta promoveram recentemente uma alta muito rápida nas cotações do metal, sem contabilizar alguns fatores fundamentais, como o risco de novos surtos de covid-19 na China.

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Na sessão de hoje, o sentimento de cautela também ajudou a pressionar o cobre, após dados apresentarem um mercado de trabalho “ainda apertado” nos Estados Unidos, de acordo com o BMO Markets. A Oxford Economics analisa que os dados reforçam a perspectiva de um Fed “mais hawkish nos próximos meses”.

Ainda no radar dos investidores, o BCE publicou ata da última decisão monetária, apontando consenso geral sobre necessidade de maior aperto. Contudo, os dirigentes também discutiram a possibilidade de os juros estarem próximos a um nível onde seria necessário cautela para não apertar excessivamente.

Nesta semana, o Banco Mundial avaliou que a alta de juros por bancos centrais pode desencadear uma recessão na economia global. Um cenário de desaceleração na economia poderia prejudicar a demanda de commodities como o cobre.

Entre outros metais básicos negociados na LME, no horário citado a tonelada do alumínio para três meses recuava 2,07%, a US$ 2.393,00; a do chumbo caía 0,63%, a US$ 2.128,00; a do níquel tinha queda de 3,18%, a US$ 24.205,00; a do estanho recuava 3,37%, a US$ 24.500,00; e a do zinco caía 3,13%, a US$ 3.036,00.

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