Os contratos futuros do cobre caíram mais de 2% na terça-feira (07), após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, indicar que o banco central americano pode acelerar o ritmo de aperto monetário e elevar juros acima do esperado, caso seja necessário. As declarações fortaleceram o dólar no exterior, o que diminuiu a atratividade do metal e de outras commodities. Também no radar, investidores acompanham sinais de estabilização na oferta do cobre.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para maio caiu 2,78%, a US$ 3,9750 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), a tonelada do metal para três meses recuava 2,27% por volta de 15h20 (de Brasília), a US$ 8.747,50.
Em testemunho no Senado americano, Powell reforçou o compromisso do banco central em atingir a estabilidade de preços e retornar a inflação à meta de 2%. O dirigente afirmou que as pressões inflacionárias estão maiores do que o previsto na reunião monetária em fevereiro e o mercado de trabalho continua apertado. “Dados mais fortes sugerem juros terminais em nível mais alto do que o esperado”, comentou, acrescentando que os efeitos da política monetária devem levar algum tempo para serem percebidos na economia americana.
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De acordo com a Peak Trading Research, investidores estão preocupados que uma política monetária restritiva por mais tempo se torne um obstáculo estrutural para os mercados de commodities”. Na visão do ING, o discurso mais hawkish de Powell reforçou a probabilidade de um “pouso forçado” na economia.
Além disso, o TD Securities observa que os riscos na oferta do cobre estão “evaporando” ao passo em que as manifestações peruanas começam a aliviar, permitindo potencial melhora no transporte e logística dos materiais. Segundo o banco de investimentos, esses riscos permitiram negociações da commodity acima do que seria indicado com base nos principais sinais de demanda. “Isso poderia abrir a porta para uma queda mais substancial no curto prazo”, avalia o TD.
Em relatório a clientes, o ING observou que a contração na balança de importações da China “reflete o fato de que o mercado não antecipou um ritmo mais lento de recuperação da infraestrutura.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio recuou 1,55%, a US$ 2.350,00; a do chumbo caiu 0,95%, a US$ 2.085,50; a do níquel caía 0,74%, a US$ 24.265,00; a do estanho tinha queda de 1,08%, a US$ 24.310,00; e a do zinco tinha queda de 3,36%, a US$ 2.949,00. Contato: [email protected] *Com informações da Dow Jones Newswires
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